Jornal Estado de Minas

POLÍTICA

CPI: William diz que houve acordo para continuar processo da Covaxin

O consultor técnico William Santana afirmou que se recusou a dar andamento à importação da Covaxin após erros e inconsistências em três versões da documentação enviada pela Precisa Medicamentos ao Ministério da Saúde. Ele apontou falhas nas invoices (documentos com informações fiscais) encaminhadas pela companhia à pasta e reforçou que o aval para a continuidade do processo foi dado pela fiscal do contrato, Regina Célia Oliveira.



William Santana é subordinado ao chefe de importação do ministério, Luis Ricardo Miranda, que, ao lado do irmão e deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), disse ter alertado o presidente Jair Bolsonaro sobre indícios de irregularidades na negociação. Após as três versões com erros, Santana afirmou que ainda precisaria de uma quarta invoice com as correções. "Conversei com o Luis e nós decidimos parar o processo e aguardar a anuência da Anvisa, que se não me engano estava perto da reunião do colegiado", disse o consultor à CPI.

Mesmo com inconsistências apontadas, a continuidade dos procedimentos para importação do imunizante foi autorizada pela fiscal do contrato, Regina Célia Oliveira, no dia 24 de março, conforme e-mail apresentado pelo técnico durante depoimento na CPI. Ao falar na comissão, Regina Célia afirmou que não identificou nada atípico e que restringiu sua autorização à quantidade de doses presentes na documentação.

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