(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas CUBA

Bolsonaro sobre Cuba: 'Manifestantes levaram borrachada, pancada e prisão'

Presidente ainda disse que 'não tem mais cães e gatos na Venezuela, comeram tudo'


12/07/2021 10:48 - atualizado 12/07/2021 12:00

(foto: Anna Moneymaker/Getty Images/AFP)
(foto: Anna Moneymaker/Getty Images/AFP)
O presidente Jair Bolsonaro aproveitou os protestos ocorridos em Cuba no último domingo (11/7) para criticar o socialismo e cobrar direitos essenciais para a população da Ilha. Ele criticou a resposta das autoridades do país com "borrachada, pancada e prisão", em conversa com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada sobre o risco de se implantar um sistema político semelhante no Brasil.

Ele ainda criticou, sem citar nomes, adversários políticos que já se reuniram com mandatários de países como Cuba e a Venezuela. "Estão querendo viver como os cubanos e os venezuelanos", disse o presidente nesta segunda-feira (12/7), disparando "não tem mais cães e gatos na Venezuela, comeram tudo".

Milhares de cubanos foram às ruas no último domingo para protestar contra cortes de energia elétrica e falta de remédios em meio a período agudo da pandemia do novo coronavírus no país, que registrou 6.923 casos e 47 mortes por COVID-19 em 24 horas.

O primeiro secretário do Partido Comunista de Cuba, Miguel Díaz-Canedo, culpou os Estados Unidos pelos atos e insuflou clima de tensão ao convocar apoiadores do regime a saírem às ruas em resposta às manifestações.

"Estamos convocando todos os revolucionários, todos os comunistas, a irem às ruas onde existirem esforços para produzir essas provocações", disse o chefe de estado em discurso transmitido em rede nacional. Ele é o terceiro a comandar o país em mais de 60 anos.

Armada com metralhadoras, a polícia reprimiu manifestantes sem força letal, com spray de pimenta e golpes de cassetete. Houve tumultos e prisões, segundo relatos. Em menor número, defensores do governo gritavam "Fidel" na tentativa mal sucedida de abafar palavras de ordem do lado oposto, que pedia "liberdade".

O movimento, cujo epicentro foi San Antônio de Los Baños, cidade vizinha da capital Havana, de 50 mil habitantes, é acontecimento raro na Ilha, onde a oposição ao regime de partido único é ilegal. A crise econômica enfrentada por Cuba desde antes da pandemia de COVID-19 se agravou a partir da redução do fluxo do turismo, principal fonte de renda da população.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)