Políticos e apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) usaram as redes sociais, nesta segunda-feira (12/7), para repercutir a maior onda de protestos antigoverno em Cuba. Os manifestantes pediam a renúncia de Miguel Díaz-Canel, gritavam "liberdade" e cantavam músicas contra o regime comunista.
“Cuba, o país mais querido pelos socialistas brasileiros dá ordem civis reprimirem manifestações que clamam por liberdade”, escreveu o filho 03 do presidente e deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).
Cuba, o país mais querido pelos socialistas brasileiros dá ordem civis reprimirem manifestações que clamam por liberdade.
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De acordo com ele, Cuba é “o paraíso'', segundo os “socialistas de iPhone brasileiros”. “Se há segurança, país é turístico, saúde é referência, 100% tem educação pública, gratuita e de qualidade, por que o povo protesta mesmo sabendo que pode morrer por isso?”, escreveu o deputado no Twitter.
Apontado como chefe do “gabinete paralelo” de Jair Bolsonaro, Arthur Weintraub também usou as redes sociais para comentar o caso. “Gritar por liberdade, no final, é gritar contra o governo dos Castro mesmo. Agora, mostrando a ditadura que é, o governo cubano cortou a internet”, disse.
A deputada bolsonarista Carla Zambelli (PSL-SP) afirmou que cubanos estão sofrendo ataques e repressão. “Talvez nunca saibamos se ou quantas pessoas desaparecerão na data de hoje em Cuba.”
O filho 02 de Jair Bolsonaro e vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) reagiu às falas do presidente de Cuba, Miguel Diaz-Canel, que afirmou que os protestos do último fim de semana ocorreram por problemas derivados das sanções econômicas que os Estados Unidos aplicaram.
“Impressionante! Em qualquer lugar a mesma ladainha de sempre. E dane-se a liberdade do povo! Otário é quem ainda cai nesse papinho…”, disse o vereador.
Bolsonaro
O presidente do Brasil também reagiu aos protestos e afirmou que os cubanos protestaram para pedir liberdade e receberam como resposta "borrachada, pancada e prisão".
"O dia de ontem foi um dia muito triste dado o que aconteceu em Cuba. Muita gente acha que a gente nunca vai chegar lá, que a gente nunca vai chegar à Venezuela, que não vamos ter problemas como estão tendo outros países por aqui", disse o presidente a apoiadores ao deixar o Palácio da Alvorada na manhã desta segunda-feira (12/7).