O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou apoiar as manifestações em Cuba e a pedir o fim do que ele classifica de "ditadura crual" no país caribenho. Neste domingo, 11, houve protestos contra o governo local em meio ao período agudo da pandemia do novo coronavírus.
"Todo apoio e solidariedade ao povo cubano, que hoje corajosamente pede o fim de uma ditadura cruel que por décadas massacra a sua liberdade enquanto vende pro mundo a ilusão do paraíso socialista. Que a democracia floresça em Cuba e traga dias melhores ao seu povo!", escreveu em sua conta no Twitter.
Pela manhã desta segunda, 12, em conversa com apoiadores, o presidente brasileiro criticou a resposta das autoridades de Cuba com "borrachada, pancada e prisão" aos protestos. Sem citar nomes, lembrou que seus adversários políticos já se reuniram com mandatários de países socialistas como Cuba e Venezuela. "Estão querendo viver como os cubanos e os venezuelanos", disse o presidente.
O primeiro secretário do Partido Comunista de Cuba, Miguel Díaz-Canel, culpou os Estados Unidos pelos atos e insuflou clima de tensão ao convocar apoiadores do regime a saírem às ruas em resposta às manifestações. Ele também cortou o sinal de internet e responsabilizou o embargo econômico americano pela crescente crise, agravada a partir da redução do fluxo do turismo, principal fonte de renda da população.
O governo de Cuba informou que deve intensificar esforços de inteligência digital para conter a insurgência. "Se as pessoas ouvirem esses youtubers, estarão apoiando uma mudança de regime que trará um sistema que não terá essa preocupação com o bem-estar da população, como nós", disse Díaz-Canel.
O presidente norte-americano, Joe Biden, assim como Bolsonaro, se solidarizou aos manifestantes, hoje (12), em entrevista coletiva na Casa Branca. "Os Estados Unidos estão firmemente com o povo cubano na defesa de seus direitos universais, e pedimos ao governo que se abstenha de violência em suas tentativas de silenciar a voz do povo cubano", disse. O democrata, no entanto, esquivou-se de questões relativas às restrições de comércio com a Ilha.
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