Morreu, aos 88 anos, o diplomata Paulo Tarso Flecha de Lima, na fim da tarde desta segunda-feira (12/7). Segundo pessoas próximas, ele foi internado no Hospital Sírio Libanês em Brasília na semana passada, já com quadro grave de infecção urinária e não resistiu às complicações da doença.
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Fux pede a Bolsonaro respeitar limites da Constituição; ele diz que se comprometeBolsonaro diz que 'prevaricação se aplica ao servidor público, não a mim'Bolsonaro: 'Não tenho como ver tudo que acontece nos ministérios'Nascido em 1933, era considerado por muitos como o maior diplomata brasileiro da contemporaneidade e foi embaixador do país nos Estados Unidos, na Itália e no Reino Unido. Dentre outras funções, também ocupou o cargo de Secretário-Geral do Ministério das Relações Exteriores (MRE). A carreira diplomática durou 46 anos.
Entre as tarefas diplomáticas, amigos relembram a negociação de resgate de brasileiros em 1990. O embaixador negociou, em inglês, com Hussein Kamel-Hassan, genro de Saddam Hussein, a libertação de 450 brasileiros feitos reféns pelo ditador. Eles seriam usados como escudos humanos em um ataque aos Estados Unidos, na Guerra do Golfo.
Flecha de Lima deixa quatro filhos e netos. Ela era casado com a embaixatriz Lúcia Martins Flecha de Lima, que morreu em 2017 e foi amiga pessoal da princesa Diana, morta em um acidente de carro nos anos 1990.