Integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura atos da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) pediram, ao governador Romeu Zema (Novo), que a venda de ativos da subsidiária Taesa não seja concretizada até o fim do processo de investigação conduzido pela Assembleia Legislativa. A solicitação é estendida à estatal energética e à Comissão de Valores Mobiliários, autarquia vinculada ao Ministério da Economia, responsável por normatizar operações ocorridas no mercado financeiro.
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COVID: deputados estaduais estendem calamidade em MG e BH até fim do anoALMG: em reunião com 'cabide', oposição questiona contratos da Cemig Presidente da Cemig terá reunião na ALMG, mas CPI não adianta estratégiasCPI quer entender contratos entre Cemig e empresas que recrutam executivosMG: repasse direto às cidades de recursos extraordinários vira leiIndicado para o STF, Mendonça agradece Bolsonaro e líderes evangélicosCPI: Acompanhe o depoimento de Emanuela Medrades, da Precisa MedicamentosO pedido para paralisar possíveis etapas necessárias à venda de ativos da empresa foi apresentado pelo relator da comissão de inquérito da Cemig, Sávio Souza Cruz (MDB). O requerimento é subscrito por Professor Cleiton (PSB) e Beatriz Cerqueira (PT), subrelatores da investigação.
A venda de empresas ligadas à Cemig está no centro das investigações. A estatal se desfez das participações que detinha nas energéticas Light e Renova; em maio, anunciou leilão para negociar a fatia que lhe cabe na Taesa, controlada em parceria com a colombiana ISA. Reynaldo Passanezi, que preside a energética mineira, já trabalhou para a ISA.
Os deputados miram, ainda, supostos contratos sem licitação firmados pela empresa. Na semana passada, a CPI pediu informações sobre os tratos. Os papéis dizem respeito a serviços prestados por empresas como escritórios de advocacia e headhunters - que captam, no mercado, profissionais para exercer cargos estratégicos.
A contratação de diretores oriundos de São Paulo e a transferência de atividades administrativas para o território paulista também compõem o escopo da investigação. O call center que atende clientes com problemas no serviço, por exemplo, foi levado para Hortolândia.