Jornal Estado de Minas

CPI DA BHTRANS

CPI da BHTrans: amparado em decisão judicial, empresário falta a depoimento

Amparado em um habeas corpus concedido pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), Roberto José Carvalho, dono da Rodopass, faltou à reunião desta terça-feira (13/7) da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans), instalada pela Câmara Municipal da capital mineira. A empresa de ônibus é uma das concessionárias do sistema de transporte coletivo da cidade belo-horizontina.





O empresário iria depor nesta terça, em reunião extraordinária da CPI, na condição de testemunha. A oitiva foi considerada uma jogada estratégica para Roberto José Carvalho prestar esclarecimentos, já que na reunião da última quarta-feira (7/7), ele compareceu como investigado e, por direito, não respondeu a nenhum dos questionamentos dos vereadores.

"Quem cala consente e quem não deve não teme. Então, tem muita coisa aí", afirmou o vereador Rubão (PP), membro da CPI. A Câmara de BH recorreu da decisão liminar, que também garantiria o silêncio a Carvalho na CPI mesmo como testemunha. Sem a presença do intimado, a comissão apenas aprovou requerimentos e encerrou a sessão.

"A CPI se reuniu hoje (terça-feira) para deliberar três requerimentos e receber dois ofícios, posto que um habeas corpus de desembargador plantonista garantiu ao empresário não participar. A Câmara Municipal já recorreu, e a CPI amanhã (quarta-feira) vai aprovar uma nova vinda do mesmo empresário na semana que vem contando com a decisão favorável ao recurso por parte do TJMG", afirmou o vereador Gabriel (sem partido), presidente da comissão.




"Esquema mineiro"

A CPI volta a se reunir nesta quarta-feira (14/7), a partir das 9h30, para também colher o depoimento de Fábio Couto de Araújo Cançado, empresário e sócio da Auto Omnibus Nova Suissa, outro investigado pela comissão. A partir das 12h30, os vereadores vão partir ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) para reunião com Jarbas Soares, no intuito de uma parceria.

"É muita coisa que está surgindo nesta Comissão Parlamentar de Inquérito e a gente vê que o fio leva para, não tem outra palavra, para um esquema mineiro. Não é só Belo Horizonte não, o esquema é mineiro. Então, nós precisamos de uma parceria com o Ministério Público", disse Gabriel.
 
Wanderley Porto (Patriota), primeiro signatário do requerimento, Reinaldo Gomes Preto Sacolão (MDB), Gabriel, Professor Claudiney Dulim (Avante), Bella Gonçalves (Psol), Braulio Lara (Novo) e Rubão são os membros titulares da comissão que busca abrir a “caixa preta” da BHTrans.

audima