O Conselho de Ética da Câmara abriu nesta terça-feira, 13, processos por quebra de decoro parlamentar contra o líder do governo na Casa, Ricardo Barros (Progressistas-PR), e o deputado Luis Miranda (DEM-DF), que denunciou um esquema de corrupção no Ministério da Saúde para compra da vacina indiana Covaxin.
Em depoimento à CPI Miranda disse que, ao revelar as irregularidades para o presidente Jair Bolsonaro, em reunião no dia 20 de março, ele atribuiu tudo a um "rolo" de Ricardo Barros. O colegiado responsável por apurar a conduta dos parlamentares instaurou os processos com base em representações de partidos, que mencionaram a CPI da Covid.
"Ao Conselho de Ética e Decoro da Câmara dos Deputados cabe, em virtude dos fatos documentados, juntados nesta representação, que evidenciam a prática de ato incompatível com o decoro parlamentar, preservar a dignidade dos mandatos eletivos", diz representação contra Barros assinada por deputados do PSOL, Rede e PDT. O documento menciona a relação do líder do governo com o empresário Francisco Maximiano, dono da Global e da Precisa Medicamentos, intermediária do laboratório indiano Bharat Biotech nas negociações para a compra da Covaxin. Barros foi ministro da Saúde no governo de Michel Temer.
"Recebo com tranquilidade a representação no Conselho de Ética. É mais um movimento político para tentar desgastar o Governo. As acusações não se sustentam como já demonstrei e provarei isso no Conselho de Ética e na CPI da Pandemia. Não tenho nada a temer", escreveu o líder do governo no Twitter.
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