O nome de Márcio Lacerda, prefeito de Belo Horizonte entre 2009 e 2016, está no radar do Partido Democrático Trabalhista (PDT) para a disputa do governo de Minas nas eleições de 2022. A informação foi antecipada pela Rádio 98FM e confirmada pelo Estado de Minas, em contato com o deputado federal Mário Heringer, presidente estadual da legenda.
Heringer tem reunião marcada com Lacerda para discutir uma alternativa de o ex-prefeito belo-horizontino se filiar ao PDT e, possivelmente, disputar o posto de governador de Minas Gerais nas eleições do próximo ano. A legenda tenta alternativas para se precaver e garantir que Ciro Gomes, visto como pré-candidato do partido para a Presidência da República em 2022, tenha palanque no estado.
A ideia é evitar o imbróglio ocorrido em 2018, quando o Partido Socialista Brasileiro (PSB), que abrigava Lacerda, retirou a candidatura do ex-prefeito ao governo, deixando Ciro sem palanque formal no estado - o impasse acabou motivando a saída de Lacerda da agremiação socialista. Apesar da sondagem, o ex-prefeito disse, por meio de sua assessoria, que disputar o Palácio Tiradentes "está fora de cogitação".
Outro sondado pelos pedetistas é Paulo Brant, atual vice-governador mineiro. Desde março de 2020, quando deixou o Novo, Brant está sem filiação partidária.
Conforme apurou a reportagem, contudo, o plano A do PDT gira em torno do apoio ao prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD). No início deste ano, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, esteve na capital mineira para conversar com o chefe do Executivo da capital mineira. À época, Lupi afirmou o desejo de compor cordão em torno de Kalil.
Kalil, prefeito belo-horizontino desde 2017 e sucessor de Lacerda no posto, é considerado o principal adversário de Romeu Zema (Novo), atual governador mineiro em 2022. O PSD segue em busca de alianças para a disputa eleitoral e, consequentemente, viabilizar a participação do prefeito belo-horizontino.
Uma das alternativas pensadas, como mostrou o Estado de Minas em junho, seria a união com o deputado estadual Agostinho Patrus (PV), presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Interlocutores garantiram à reportagem que a possível costura continua nos planos.