Mesmo com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) internado devido a uma obstrução intestinal e correndo risco de sofrer uma cirurgia, o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) vai viajar nesta quarta-feira (14/7) para a Angola.
Com isso, caso o presidente precise ser submetido a algum tipo de operação, quem sobe à presidência da República é o presidente da Câmara dos Deputados,
Arthur Lira (PP-AL).
Oficialmente, Mourão vai ao continente africano para participar de uma reunião com líderes de países de língua portuguesa.
Leia:
Desde a facada, Bolsonaro passou por seis cirurgias
Desde que foi vítima de um atentado em 2018, durante as eleições presidenciais, o presidente passou por quatro cirurgias em decorrência da facada. Bolsonaro também passou por dois procedimentos não relacionados ao ferimento.
Obstrução intestinal
Bolsonaro sofre uma obstrução intestinal e deve passar por cirurgia emergencial. Em nota, o Planalto disse que o diagnóstico foi feito pelo cirurgião Antônio Luiz Macedo.
"Após exames realizados no HFA, em Brasília, o Dr. Macedo, médico responsável pelas cirurgias no abdômen do Presidente da República, decorrentes do atentado a faca ocorrido em 2018, constatou uma obstrução intestinal e resolveu levá-lo para São Paulo onde fará exames complementares para definição da necessidade, ou não, de uma cirurgia de emergência", diz a nota do Ministério das Comunicações.
Em São Paulo, o chefe do Executivo federal fará exames complementares para definição da necessidade de uma cirurgia de emergência.
Pelo Twitter, Bolsonaro afirmou que a obstrução é consequência da tentativa de asssasinato sofrida por ele em 2018.
De acordo com o chefe do Executivo federal, esse é apenas “mais um desafio”. Para o presidente, a obstrução é consequência da tentativa de assassinato que sofreu durante a campanha presidencial de 2018, em Juiz de Fora, na Zona da Mata.
“Mais um desafio, consequência da tentativa de assassinato promovida por antigo filiado ao PSOL, braço esquerdo do PT, para impedir a vitória de milhões de brasileiros que queriam mudanças para o Brasil. Um atentado cruel não só contra mim, mas contra a nossa democracia”, escreveu o presidente.
Soluço
Bolsonaro vem sofrendo com crises de soluço há vários dias. Em uma das conversas com apoiadores, na semana passada, ele chegou até a comentar que falaria pouco.
Conforme o presidente, devido ao soluço, ele tinha que poupar o fôlego para um discurso que teria que fazer mais tarde naquele dia.
Bolsonaro também chegou a comentar com auxiliares que o soluço seria efeito colateral de medicamento que tomou em decorrência de tratamento dentário.
Agenda
A agenda do presidente nesta quarta-feira (14/7) foi cancelada. Ele participaria de uma reunião dos Três Poderes, na manhã de hoje, na sede do Supremo Tribunal Federal (STF).
"Foi cancelada a reunião entre os presidentes dos poderes Judiciário, Executivo e Legislativo que aconteceria nesta quarta-feira. O encontro será oportunamente reagendado", diz comunicado do STF divulgado na manhã de hoje.
A reunião do Comitê de Coordenação Nacional para Enfrentamento da Pandemia da COVID-19, que seria às 8h, também foi cancelada.
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.