A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans), instalada pela Câmara Municipal da capital mineira, ouviu nesta quinta-feira (15) Shaila Santos, ex-sócia da Maciel Consultoria. Presidente da CPI, o vereador Gabriel (sem partido) não se deu por satisfeito com o depoimento e externou que, durante a reunião, queria prendê-la por faltar com a verdade.
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O valor foi contestado e acabou por não ser aplicado, após decisão do prefeito Alexandre Kalil (PSD), o que incomodou os empresários ligados às concessionárias do transporte público belo-horizontino. Um impacto deste incômodo teria sido a retirada dos agentes de bordo dos veículos, mesmo com atuação deles prevista no contrato em vigor, formulado em 2008.
"Essa peça é muito importante na CPI, porque a senhora Shaila assina um documento que em teoria daria credibilidade à choradeira dos empresários, falando que estão em prejuízo. Mas a verdade é que os custos não foram auditados, não houve auditoria, tudo fajuto, e quem está abrindo de fato a caixa preta da BHTrans agora somos nós, na Câmara Municipal", também disse Gabriel, que afirmou também que a empresa deve ser punida pelo que fez e devolver o dinheiro à Prefeitura de BH.
A próxima reunião da CPI da BHTrans acontece na quarta-feira (21/7) da semana que vem, às 14h30. Os vereadores esperam colher o depoimento de Roberto José Carvalho, dono da Rodopass, na condição de testemunha.
O empresário ficou em silêncio em um depoimento (quando estava como investigado) e não compareceu à oitiva da última terça-feira (13/7) embasado em decisão judicial. A comissão recorreu da liminar concedida a Roberto José Carvalho e aguarda o resultado da solicitação.
Wanderley Porto (Patriota), primeiro signatário do requerimento, Reinaldo Gomes Preto Sacolão (MDB), Gabriel, Professor Claudiney Dulim (Avante), Bella Gonçalves (Psol), Braulio Lara (Novo) e Rubão (PP) são os membros titulares da comissão que busca abrir a "caixa preta" da BHTrans.