Mesmo internado, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), usou suas redes sociais nesta quinta-feira (15/7) para comentar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID no Senado. O chefe do Executivo federal atacou o presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), o relator, senador Renan Calheiros (MDB-CE) e o vice-presidente, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
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Bolsonaro tira foto com paciente no hospital onde está internadoRepresentante da Davati admite que soube de pedido de propinaYouTube remove canal bolsonarista 'Terça Livre' por incitação à violênciaCPI ouve superintendente da Saneouro; contas começam a chegar até outubroAziz sobre ataque de Bolsonaro: 'Deve ter sido um moleque'General Heleno: recuperação de Bolsonaro tem sido acima do esperadoO presidente também citou que Cristiano Carvalho, representante da Davati Medical Supply no Brasil, afirmou que a empresa nunca pagou despesas dele ou do policial militar de Minas Gerais Luiz Paulo Dominguetti. Os dois denunciaram esquemas de corrupção dentro do Ministério da Saúde. “Quanta honestidade”, escreveu o presidente em forma de ironia.
Bolsonaro lembrou que Carvalho utilizou o auxílio emergencial durante a pandemia.
“Um negócio bilionário onde o Cristiano para sobreviver usa do artifício de se beneficiar do Auxílio Emergencial (sacou e não devolveu R$ 4.100,00 em 2020)”, afirmou.
De acordo com o presidente, o que "frustra" o G-7 (grupo de oposição) é "não encontrar um só indício de corrupção" no governo. “No caso atual querem nos acusar de corrupção onde nada foi comprado, ou um só real foi pago”, escreveu.
Obstrução intestinal
O presidente sofre de obstrução intestinal e deve passar por cirurgia emergencial. Em nota, o Planalto disse que o diagnóstico foi feito pelo cirurgião Antônio Luiz Macedo, o mesmo que operou Bolsonaro após a facada.
"Após exames realizados no HFA, em Brasília, o Dr. Macedo, médico responsável pelas cirurgias no abdôme do Presidente da República, decorrentes do atentado a faca ocorrido em 2018, constatou uma obstrução intestinal e resolveu levá-lo para São Paulo onde fará exames complementares para definição da necessidade, ou não, de uma cirurgia de emergência", diz a nota do Ministério das Comunicações.
Em São Paulo, o chefe do Executivo federal fez exames complementares para definição da necessidade de uma cirurgia de emergência.
Pelo Twitter, Bolsonaro afirmou que a obstrução é consequência da tentativa de asssasinato sofrida por ele em 2018.
De acordo ele, esse é apenas “mais um desafio”. Para o presidente, a obstrução é consequência da tentativa de assassinato que sofreu durante a campanha presidencial de 2018, em Juiz de Fora, na Zona da Mata.
Soluço
Bolsonaro vinha sofrendo com crises de soluço há vários dias. Em uma das conversas com apoiadores, na semana passada, ele chegou até a comentar que falaria pouco.
Conforme o presidente, devido ao soluço, ele tinha que poupar o fôlego para um discurso que teria que fazer mais tarde naquele dia.
Bolsonaro também chegou a comentar com auxiliares que o soluço seria efeito colateral de medicamento que tomou em decorrência de tratamento dentário.
Boletim Médico
O mais recente boletim médico sobre o estado de saúde do presidente Jair Bolsonaro informa que ainda não há previsão de alta hospitalar.
Segundo o comunicado, o presidente está evoluindo de forma satisfatória tanto clínica quanto laboratorialmente. "Permanece o planejamento terapêutico previamente estabelecido", diz.
A nota é assinada pelo médico e cirurgião-chefe Antônio Luiz Macedo, bem como por Ricardo Camarinha, cardiologista do presidente, e diretores do hospital, Antônio Antonietto e Pedro Henrique Loretti.