O canal bolsonarista "Terça Livre", foi removido pelo Google do YouTube na noite desta quinta-feira (15/7). A decisão foi tomada pela juíza Ana Carolina de Almeida, da 8ª Vara Cível da Comarca de São Paulo, que julgou improcedente a reativação do canal, o que deu direito à remoção pelo Google.
De acordo com a juíza, o vídeo do discurso de Trump falando sobre seu banimento no Twitter, motivo da exclusão dos canais pelo YouTube, “parece mais ter o objetivo de incitar violência do que propriamente informar acerca da fala do Presidente. Não há qualquer contextualização da fala de Donald Trump, de forma que, verdadeiramente, parece um vídeo que incita violência”.
“Indefiro a reativação dos canais referidos; indefiro a conversão da obrigação em perdas e danos; indefiro a aplicação do artigo 20 do Marco Civil da Internet. Ante a sucumbência, condeno o requerente ao pagamento das custas e despesas processuais, bem como em honorários advocatícios”, diz a sentença.
Esta não foi a primeira vez que a página foi suspensa. Em fevereiro aconteceu o mesmo, mas o influenciador Allan dos Santos, fundador do "Terça Livre", conseguiu manter o canal por meio de liminar. Ele é investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por atos antidemocráticos.
"Com a perda dos efeitos da decisão liminar que estava em vigor, os canais serão removidos novamente, de acordo com os termos de serviço e as diretrizes de comunidade do YouTube", afirmou o Google em nota.
O "Terça Livre" afirmou, por meio de nota em seu site, que os advogados vão recorrer da decisão.