O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) saiu em defesa do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, neste domingo (18/7). Ao comentar o vídeo em que o general aparece garantindo a intermediários a assinatura de memorando sobre a compra de doses da Coronavac por quase três vezes mais que o pedido pelo Instituto Butantan, o chefe do poder Executivo disse que Brasília é terreno fértil para lobistas, "picaretas" e "espertalhões".
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"Se eu tivesse na Saúde, teria apertado a mão daqueles caras todos. O receber, ele não tava sentado à mesa. Geralmente, a fotografia é sentado à mesa negociando. Se fosse propina, não faria aquele vídeo", reiterou.
Ele citou, ainda, o caso em que representantes da empresa estadunidense Davati acusam integrantes do Ministério da Saúde de pedirem propina que geraria superfaturamento de 1000% para dar continuidade a uma tratativa por vacinas. Luiz Paulo Dominguetti e Cristiano Carvalho, que atuam para a Davati, prestaram depoimento à CPI da COVID-19.
"São pessoas que não têm credibilidade alguma. Em Brasília, não falta gente para vender lote na lua. Acredita quem quiser. Parte da imprensa adota o caminho de divulgar o que não fizemos. É motivo de orgulho saber que todos esses contratos não deram mais que um passo".