O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se esquivou, neste domingo (18/7), de pergunta sobre Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo federal na Câmara dos Deputados.
O parlamentar foi citado por Luis Miranda (DEM-DF) como o suposto político mencionado pelo chefe do poder Executivo federal ao tomar conhecimento de denúncias envolvendo supostas ilicitudes nas tratativas para a compra da vacina Covaxin.
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Bolsonaro quer comer churrasquinho e diz que "não sou exemplo em dieta"Bolsonaro: 'Tudo que falo se volta contra mim como se eu fosse um genocida'Sem provas, Bolsonaro põe urnas em xeque: 'Só Deus me tira daquela cadeira'O presidente, então, deu uma resposta furtiva. "Ah, pelo amor de Deus, eu não sei se você... Pelo amor de Deus, olhando para a sua cara, não sei quem você é", falou, em frente ao hospital Vila Nova Star, em São Paulo (SP), onde ficou internado por quadro dias em virtude de uma obstrução intestinal.
Em depoimento a senadores na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID-19, Luis Miranda disse ter comunicado o presidente sobre possíveis irregularidades nas negociações em torno do imunizante.
Na versão de Miranda, que é irmão de um servidor de carreira do Ministério da Saúde, o presidente da República apontou possível envolvimento de Ricardo Barros ao ouvir os indícios.
A senadora Simone Tebet (MDB/MS) foi a responsável por "arrancar", de Luis Miranda, a informação sobre o deputado citado.
"Eu sei o que vai acontecer comigo. A senhora também sabe que é o Ricardo Barros que o presidente falou", assinalou o deputado do DEM.
Barros, que foi ministro da Saúde na gestão do emedebista Michel Temer, vai depor à CPI depois do recesso parlamentar de julho.