O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou, nesta segunda-feira (19/7), que vetará o aumento do fundo eleitoral, aprovado pela Câmara dos Deputados na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), na semana passada. O reajuste passaria de R$ 2 bilhões para R$ 5,7 bilhões.
O anúncio foi dado em entrevista à "TV Brasil", nesta segunda. A conversa está prevista para ir ao ar às 22h30, no entanto, o teor do diálogo foi divulgado pela "CNN Brasil".
Bolsonaro afirmou que convive em harmonia com o Legislativo, destacando que o relacionamento é recíproco: que nem todas as propostas apresentadas por ele são aprovadas pelo parlamento, assim como as ideias da Câmara não são absorvidas na íntegra pelo presidente.
"Posso adiantar para você que ela não será sancionada, porque, afinal de contas, eu tenho que sempre conviver em harmonia com o Legislativo. Nem tudo que eu apresento ao Legislativo é aprovado e nem tudo que o Legislativo aprova, vindo deles, eu tenho obrigação de aceitar do lado de cá. Mas a tendência nossa é não sancionar isso daí em respeito ao trabalhador, ao contribuinte brasileiro", afirmou Bolsonaro.
Ainda na entrevista, Bolsonaro afirmou que o valor de R$ 5,7 bilhões é "astronômico" e que seria melhor aproveitado em investimentos pelo Brasil, citando os ministros da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, e o do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho.
"Imagina na mão do ministro Tarcísio o que poderia ser feito com esse dinheiro. Poderia, por exemplo, ter concluído Porto Velho-Manaus que é um anseio da população do Amazonas. Então, a bancada do Amazonas, a bancada de Rondônia, poderia ter sugerido isso daí. Se esse recurso vai para a mão do ministro Rogério Marinho, você pode concluir as obras de água no Nordeste", concluiu.