O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) reafirmou, na manhã desta terça-feira (20/7), que pretende vetar o novo fundo eleitoral de R$ 5,7 bilhões, aprovado no Congresso Nacional dentro do projeto da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2022.
“Ainda não vetei porque o projeto não chegou à minha mesa. Deve chegar hoje (20/7). Nós temos 15 dias úteis para decidir sobre vetos. O parlamento vai decidir se derruba o veto ou não. A bola vai estar com o parlamento”, disse Bolsonaro à Rádio Itatiaia.
Bolsonaro, contudo, defendeu os parlamentares que votaram a favor da LDO, gerando revolta no eleitorado. O chefe do Executivo argumentou que a aprovação do texto não significa, necessariamente, concordância com o reajuste do recurso de R$ 1,7 bilhão para R$ 5,7 bilhões.
“O projeto é muito grande. A LDO é um quilo de papel. E, lá no bolo, tinha ali essa majoração para R$ 5,7 bilhões do Fundo Eleitoral. E teve um caso ali que me chocou, particularmente. Porque eu precisava da aprovação da LDO. E os parlamentares que votaram favoráveis foram rotulados como se estivessem votando essa majoração do fundão, coisa que não é verdade”.
Diversos parlamentares recorreram a argumentos semelhantes para justificar a aprovação do texto, incluindo o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). O político alega que, apesar de ter ter votado a favor da LDO, se posicionou contra o fundão, uma vez que também votou pela aprovação do destaque apresentado pelo partido Novo para a retirada do reajuste do projeto. O destaque acabou rejeitado em votação simbólica, ou seja, sem registro aberto de voto
O presidente também fez críticas aos deputados que tentaram barrar a LDO, sobretudo ao PT. “O PT, que votou contra a LDO para tentar prejudicar meu governo, passaram a ser os heróis que teriam votado contra o fundo. Mas, muito pelo contrário. O PT é um dos partidos mais ávidos por fundo eleitoral. Então, esse equívoco por parte da mídia, a gente vai desfazendo aos poucos. Quem está sendo massacrado pela imprensa é justamente quem deveria ser elogiado porque ajudou na aprovação da LDO”, disparou.