O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, acredita que o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), vai aceitar o convite para se filiar aos quadros pessedistas. O líder da legenda quer o parlamentar como candidato à presidência da República em 2022. Em entrevista exclusiva ao Estado de Minas, nesta terça-feira (20/7), Kassab afirmou que não há outros possíveis nomes à mesa.
"Só há o Rodrigo Pacheco. É o nosso plano A, plano B e plano C. Sou muito intuitivo. Não trabalho com esse cenário (recusa de Pacheco em disputar o Planalto). Acho que o Rodrigo vai aceitar, sim, e será o nosso candidato", disse, em tom enfático.
Prefeito de São Paulo entre 2006 e 2012, ex-ministro de Estado e de larga experiência no poder Legislativo, Kassab crê que a polarização entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (sem partido) é, justamente, o elemento que abre espaço para a construção de uma terceira via.
"A pré-candidatura deles vêm carregada de altos índices de rejeição. Isso abre espaço para uma candidatura. Mais de 50% dos eleitores veem com simpatia uma candidatura alternativa", afirmou.
O PSD vai iniciar processo interno de consulta para acertar as bases da participação da sigla na corrida ao Palácio do Planalto. Para Kassab, porém, a construção de palanques regionais é fundamental para dar sustentação à campanha nacional.
Em São Paulo, o partido deseja lançar o ex-governador Geraldo Alckmin, de saída do PSDB. No Rio de Janeiro, o prefeito carioca, Eduardo Paes, que se converteu em pessedista recentemente, tenta fazer Felipe Santa Cruz, presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), disputar o poder Executivo estadual.
Alexandre Kalil, prefeito de Belo Horizonte, é iminente rival de Romeu Zema (Novo). Ele também é visto como trunfo para dar corpo à eventual candidatura de Pacheco. Na visão de Kassab, as alianças locais diferenciam positivamente o PSD de outras agremiações que tentam emplacar alternativas a Bolsonaro e a Lula, como o PSDB e a corrente do DEM que defende o nome do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta.
"Os outros partidos - e falo de maneira respeitosa - não têm tido essa preocupação e não têm dado prioridade a essa questão. É muito difícil, para o PSD, não ter candidato próprio à presidência da República. Vamos estar jogando fora todo o trabalho feito ao longo destes dois anos", completou Kassab.
O convite do PSD a Pacheco já está formalizado. O presidente do Senado, no entanto, ainda não declinou ou aceitou. Na semana passada, o parlamentar emitiu comunicado declarando que o momento do país impede o debate em torno de possíveis composições eleitorais.
"Não discutirei agora o processo eleitoral de 2022. Meu compromisso é com a estabilidade do país, e isso exige foco nos muitos problemas que ainda temos em 2021", pontuou.
Apesar de simpático à ideia de tornar-se correligionário de Pacheco, Kassab reconhece a necessidade, externada pelo senador, de manter centralidade em temas urgentes. "Minha experiência permite entender e admitir que não é o momento de Rodrigo Pacheco responder ao nosso convite".
Em junho, também ao EM, Alexandre Kalil mostrou ser favorável à ideia de ter Rodrigo Pacheco como postulante ao poder Executivo federal. "Seria uma terceira via ótima o presidente do Senado. Por que não?", falou.
Eleito presidente do Congresso Nacional no início deste ano, Rodrigo Pacheco teve o apoio de amplo cordão de partidos. O PSD esteve no grupo simpático à candidatura do senador mineiro. Uma reunião em Belo Horizonte, na casa de Kalil, amadureceu o apoio dos pessedistas a Pacheco. A relação deles, que trocaram farpas na eleição municipal do ano passado, tem se estreitado desde então.
"Só há o Rodrigo Pacheco. É o nosso plano A, plano B e plano C. Sou muito intuitivo. Não trabalho com esse cenário (recusa de Pacheco em disputar o Planalto). Acho que o Rodrigo vai aceitar, sim, e será o nosso candidato", disse, em tom enfático.
Prefeito de São Paulo entre 2006 e 2012, ex-ministro de Estado e de larga experiência no poder Legislativo, Kassab crê que a polarização entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (sem partido) é, justamente, o elemento que abre espaço para a construção de uma terceira via.
"A pré-candidatura deles vêm carregada de altos índices de rejeição. Isso abre espaço para uma candidatura. Mais de 50% dos eleitores veem com simpatia uma candidatura alternativa", afirmou.
O PSD vai iniciar processo interno de consulta para acertar as bases da participação da sigla na corrida ao Palácio do Planalto. Para Kassab, porém, a construção de palanques regionais é fundamental para dar sustentação à campanha nacional.
Em São Paulo, o partido deseja lançar o ex-governador Geraldo Alckmin, de saída do PSDB. No Rio de Janeiro, o prefeito carioca, Eduardo Paes, que se converteu em pessedista recentemente, tenta fazer Felipe Santa Cruz, presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), disputar o poder Executivo estadual.
Alexandre Kalil, prefeito de Belo Horizonte, é iminente rival de Romeu Zema (Novo). Ele também é visto como trunfo para dar corpo à eventual candidatura de Pacheco. Na visão de Kassab, as alianças locais diferenciam positivamente o PSD de outras agremiações que tentam emplacar alternativas a Bolsonaro e a Lula, como o PSDB e a corrente do DEM que defende o nome do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta.
"Os outros partidos - e falo de maneira respeitosa - não têm tido essa preocupação e não têm dado prioridade a essa questão. É muito difícil, para o PSD, não ter candidato próprio à presidência da República. Vamos estar jogando fora todo o trabalho feito ao longo destes dois anos", completou Kassab.
Por ora, Pacheco não quer debater eleição
O convite do PSD a Pacheco já está formalizado. O presidente do Senado, no entanto, ainda não declinou ou aceitou. Na semana passada, o parlamentar emitiu comunicado declarando que o momento do país impede o debate em torno de possíveis composições eleitorais.
"Não discutirei agora o processo eleitoral de 2022. Meu compromisso é com a estabilidade do país, e isso exige foco nos muitos problemas que ainda temos em 2021", pontuou.
Apesar de simpático à ideia de tornar-se correligionário de Pacheco, Kassab reconhece a necessidade, externada pelo senador, de manter centralidade em temas urgentes. "Minha experiência permite entender e admitir que não é o momento de Rodrigo Pacheco responder ao nosso convite".
Kalil vê ideia com bons olhos
Em junho, também ao EM, Alexandre Kalil mostrou ser favorável à ideia de ter Rodrigo Pacheco como postulante ao poder Executivo federal. "Seria uma terceira via ótima o presidente do Senado. Por que não?", falou.
Eleito presidente do Congresso Nacional no início deste ano, Rodrigo Pacheco teve o apoio de amplo cordão de partidos. O PSD esteve no grupo simpático à candidatura do senador mineiro. Uma reunião em Belo Horizonte, na casa de Kalil, amadureceu o apoio dos pessedistas a Pacheco. A relação deles, que trocaram farpas na eleição municipal do ano passado, tem se estreitado desde então.