O vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PL-AM), afirmou, nesta terça-feira (20/7), que estuda a possibilidade de acatar um pedido de impeachment no exercício provisório do comando da Casa.
“Porque o tipo penal que trata de eleição fala em ameaça. Então ameaçar o processo eleitoral já é crime de responsabilidade", afirmou Marcelo Ramos. "O bolsonarismo está cada vez mais no gueto. O problema é que como é muito barulhento, eles parecem que são mais do que efetivamente são. Mas não vou recuar”, declarou, em entrevista à "Folha de S.Paulo".
Ainda de acordo com Ramos, Bolsonaro cometeu "claro crime de responsabilidade" ao ameaçar as eleições presidenciais.
Troca de farpas
Na tarde de ontem, segunda-feira (19/7), Bolsonaro disse para apoiadores em frente ao Alvorada que Marcelo Ramos era "insignificante".
Na conversa, o presidente voltou a criticar a aprovação de R$ 5,7 bilhões, incluídos na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), para o fundo eleitoral de 2022.
Leia: Bolsonaro: Marcelo Ramos é tão insignificante que esqueci nome dele
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Segundo Bolsonaro, Ramos é "insignificante" e atropelou o Regimento Interno da Câmara para não permitir que votassem em separado o dispositivo sobre aumentar o fundão eleitoral. "Agora cai para mim sancionar ou vetar. Tenho 15 dias úteis para decidir", completou o presidente.
"Que covardia da mídia, nós aprovamos a LDO no ano passado. Tem que aprovar a LDO para a gente dar prosseguimento ao Orçamento. Agora, no meio da LDO, o relator botou lá quase R$ 6 bilhões para o fundo partidário. Covardia da mídia. Pegaram o nome dos deputados que votaram a LDO: Olha, eles votaram para aumentar o fundão", afirmou o presidente. Segundo Bolsonaro, o PT, que orientou e votou contra a lei de diretrizes orçamentárias, o fez porque quer inviabilizar o governo.