O presidente afastado do Patriota, Adilson Barroso, afirmou ao Correio nesta terça-feira (20/7) que o presidente Jair Bolsonaro não mais se filiará ao Patriota por conta da mudança no comando da sigla. "Com o partido nas mãos de esquerdista ele não vem mais. Para o Patriota ficou difícil", disse. Mesmo a filiação do filho "01" do presidente, o senador Flávio Bolsonaro parece estar com os dias contados.
Com isso, o chefe do Executivo continua sua busca. Uma reunião do presidente com o bloco dos partidos PSC, PTB e Pros, que ocorreria no último dia 15, foi adiada para o próximo dia 22 e tem como foco discussões sobre a filiação do capitão da reserva para as eleições de 2022. O mandatário ainda tem mantido conversas com o PP e o PL.
No último dia 9, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) validou a convenção nacional do Patriota que decidiu pelo afastamento, por 90 dias, de Barroso. O novo dirigente é Ovasco Resende, antes vice-presidente do partido. Agora, o caso deverá ser encaminhado ao conselho de ética da sigla para análise. O julgamento final ficará a cargo da executiva nacional. Da decisão do tribunal ainda cabe recurso. Parte da legenda alega que Barroso tem feito negociações individuais com Bolsonaro.
Sobre a possível filiação do presidente Bolsonaro ao Patriota, Ovasco já disse que o grupo nunca foi contra, e que sempre esteve aberto ao diálogo. No entanto, o mandatário mantém interesse nos diretórios de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, partes mais sensíveis de serem negociadas.