Jornal Estado de Minas

VOLTA ÀS AULAS

Secretária diz que ensino médio presencial pode voltar no 2º semestre em BH

Secretária municipal de Educação de Belo Horizonte, Ângela Dalben depôs remotamente nesta quinta-feira (22/7) à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID na Câmara Municipal da capital mineira.





Em depoimento aos vereadores, a secretária disse que as aulas presenciais do ensino médio e superior estão previstas para serem retomadas no segundo semestre deste ano. Porém, afirmou que isso dependerá de o Matriciamento de Risco (MR) chegar a 81%. 

Esse cálculo define a taxa de normalidade da COVID-19, ou seja, por ele é feita uma análise do cenário e definição de reaberturas ou fechamentos durante a pandemia. Neste momento, a capital apresenta um índice de 76%. 

"Tenho a impressão de que estamos caminhando para isso, mas quem pode dizer exatamente são os representantes do comitê. Meu desejo, sonho e esperança é que, no segundo semestre, até setembro, a cidade colabore com isso, mas temos que aguardar o matriciamento", disse Ângela. 





Ela também respondeu sobre o retorno gradativo do ensino, iniciado com alunos da educação infantil, em abril deste ano, e sobre a aplicação de recursos, municipais e federais, para a adequação das escolas.

Segundo a chefe da pasta, a rede municipal de BH teve um investimento de R$ 102 milhões em obras e reformas para as adaptações necessárias de prevenção da COVID-19.  Para equipamentos como bebedouros máscaras e termômetros, foram gastos R$ 27 milhões.

Sobre o fechamento das escolas na capital ao longo da pandemia, a secretária afirma que segue os critérios e protocolos de segurança do Comitê de Enfrentamento à COVID-19. A volta às aulas presenciais em BH para escolas da educação infantil (0 a 5 anos) e ensino fundamental (1º ao 9º ano) foram autorizadas em tempo normal em 21 de junho.





"O meu desejo é toda criança na escola, mas, antes de tudo, nós temos que ter o cuidado com a vida, então, eu não posso questionar, em hipótese alguma, os direcionamentos dados pelo comitê, eu sigo à risca e fico tranquila com isso", disse a chefe da pasta.

Além disso, o parlamentar Nikolas Ferreira (PRTB) questionou a secretária sobre as recomendações do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e da Defensoria Pública do estado que cobraram planos de volta às aulas em Belo Horizonte.

Em 15 de julho, o MP enviou uma recomendação ao prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), para que apresente, em 10 dias, providências necessárias a serem tomadas pelo município para cumprimento das medidas que vão assegurar o retorno dos estudantes no ensino médio e adulto.





“Nós temos opiniões, que no meu ponto de vista são equivocadas, opiniões que demonstram desconhecimento do nosso trabalho, vindo tanto do MP quanto da Defensoria.  Nós já respondemos e apresentamos os documentos, mas as pessoas às vezes já tem uma opinião formada e não desejam o diálogo”, disse Ângela.
 

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