O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) levantou suspeitas sobre a venda da vacina CoronaVac nesta quinta-feira (22/7), durante live em suas redes sociais. Ele afirmou que solicitou ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que desse prosseguimento a um pedido de investigação para apurar a suposta diferença de preço entre o imunizante oferecido pelo laboratório chinês Sinovac e o feito pelo Instituto Butantan.
Segundo Bolsonaro, a empresa fornece a vacina para o Butantan por US$ 5, enquanto o repasse ao governo brasileiro custa US$ 10. “Não estou levantando suspeita sobre o Butantan, sobre seus servidores. Mas aumenta a curiosidade. Eu perguntei ao ministro da Saúde qual a planilha de preço do Butantan. Ele falou: 'Presidente, nunca deram para a gente. Sempre negaram nos apresentar a planilha de preços'”, explicou.
O chefe do executivo afirmou que o ministro tomou providências sobre a situação e acionou a Controladoria-Geral da União (CGU). “O Queiroga também oficiou o Butantan, para eles nos explicarem e ter uma justificativa de por que para nós vendem por US$ 10 se a empresa que fornece o IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo) é a mesma que agora quer entregar a vacina pronta para nós pelo dobro do preço”, questionou.
“Nós estamos em guerra. Não podemos pensar, não quero nem imaginar um superfaturamento”, acrescentou Bolsonaro.
O Estado de Minas solicitou um posicionamento do Instituto Butantan sobre as acusações, mas ainda não havia obtido resposta até a publicação desta matéria. [Em atualização]