O presidente Jair Bolsonaro voltou a defender, nesta sexta-feira (23/7) sua aliança com o Centrão. Segundo o mandatário, a aproximação como o bloco é necessária por conta da "governabilidade". Ele destacou ainda que é "obrigado" a formar a coalizão e que, "com apenas 150 deputados, não iria a lugar nenhum". As declarações foram concedida à Rádio Grande FM.
"Quando coloco aqui um político ou militar, sempre existe crítica. Tenho que arrumar uma maneira de melhor organizar o ministério e fazê-lo mais proativo para a gente aprovar nossas propostas. É como eu tenho dito, a palavra Centrão é pejorativa. Eu fui do PP por aproximadamente 20 anos e o Centrão ou partidos de centro têm na ordem de 200 deputados federais. Se eu rejeitar esses 200, fico com 300. Desses 300 que sobram, tem metade que é do PT, PCdoB, PSOL, Rede, Cidadania, que não têm realmente nada em afinidade conosco e sempre votaram contra a gente", alegou.
"Tirando os partidos e centro e de esquerda, sobrariam 150 deputados. Com 150, não vou a lugar nenhum. Então, a minha aproximação com os partidos de centro é pela governabilidade. Eu sou obrigado a fazer isso daí. Como eu disse lá atrás, se alguém tem alguma bronca contra algum parlamentar, foram vocês que colocaram eles aqui dentro", justificou.
Bolsonaro também afirmou que sua filiação ao Progressistas é uma "possibilidade". Nesta quinta-feira (22/7), ele acenou ao bloco dizendo "eu sou do Centrão". Também nesta sexta-feira (23/7), o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) afirmou que os eleitores do presidente podem se sentir "confusos" com a aliança cada vez mais profunda entre o mandatário e os blocos de centro. O general completou que os eleitores podem achar a situação confusa, mas que tudo dependerá das ações futuras realizadas pelo governo.
A aliança com o Centrão, foi sacramentada com a indicação do senador Ciro Nogueira (PP-PI) para a Casa Civil. O mandatário defendeu também que a nomenclatura "Centrão" é um nome pejorativo.