O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira (23/7) que o governo está pronto para incluir R$ 2 bilhões no orçamento para custear a compra de impressoras para urnas eletrônicas.
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"Essa bandeira sempre foi defendida por pelo menos 90% dos parlamentares. Por que, de uma hora pra outra, mudaram de opinião? Depois de receber visita do Barroso. Hoje em dia, se botar em votação, ele não passa. Agora, quem é contra eleições limpas e transparentes? Só quem tem interesses escusos nas mesmas. Eu quero transparência nas eleições”, alegou.
"Não é volta ao papel, apenas que digite o nome e depois uma maquininha imprime num papel o nome daquelas pessoas. Não tem contato manual. Acabaram as eleições, domingo à noite dá-se o resultado. Se um presidente de partido tiver desconfiança, faz a contagem manual, que é feita rapidamente. Demorava no passado. Impresso não dá confusão nenhuma", acrescentou.
Presidente põe em dúvida pesquisas eleitorais
Bolsonaro também repetiu crítica ao Datafolha que tem mostrado Lula na frente em pesquisas sobre as eleições de 2022. "O que eu quero garantir: se o povo quiser votar num candidato da esquerda, que ele ganhe realmente por maioria de votos. Responsabilidade passa a ser de todos nós. Se Lula realmente tem 49% dos votos, é garantia de que ele vá ganhar. Agora, quando apoiam o outro lado, ou seja, não querem voto impresso, é sinal de que algo está errado no Datafolha", concluiu.
A Comissão da Câmara adiou para agosto a votação da PEC do voto impresso. A decisão representou vitória para os defensores da proposta, que temiam uma derrota caso a matéria fosse votada. No entanto, o projeto enfrenta resistência de grupos políticos para ser aprovado.