Um vídeo divulgado neste sábado (24/7) mostra a assessora da Casa Civil Talita Saito afirmando que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) estava na dúvida sobre a adesão à Covax Facility, iniciativa global para facilitar o acesso de países pobres às vacinas contra COVID-19.
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A gravação mostra ainda que o Ministério da Saúde ignorou alertas feitos pelo Itamaraty sobre a repercussão política da não adesão ao consórcio. A omissão de Bolsonaro no caso pode configurar crime de responsabilidade.
A COVAX, também conhecido como COVAX Facility, é uma iniciativa da OMS, da Aliança Gavi e da Coalizão para Inovações em Preparação para Epidemias (CEPI) que visa a aquisição e posterior distribuição de vacinas contra COVID-19 aos países mais pobres do planeta
O consórcio convidou países ricos e em desenvolvimento a criarem um fundo coletivo para a compra coletiva antecipada de imunizantes ainda na fase de estudos. Desta maneira, os preços por dose seriam reduzidos.
Algumas nações entraram no grupo apenas como doadoras, caso de Estados Unidos e do Reino Unido. Outras, como o Brasil, aderiram como compradoras, com possibilidade de reservar lotes suficientes para proteger de 10% a 50% do contingente populacional.