O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem prometido comprovar fraudes nas eleições há mais de um ano. No entanto, segundo a aliada do governo, deputada Bia Kicis (PSL-DF), autora da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) do voto impresso, não é possível fazer este tipo de comprovação.
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Bia Kicis envia carta ao CONIB e defende deputada da ultradireita alemãBolsonaro participa de missa ao lado de Bia Kicis e de outros parlamentares'Quem vota é um software', diz Bia Kicis sobre eleições com urna eletrônica'Desenho da Netflix causa confusão na mente das crianças', diz deputadoQueiroz manda indireta a aliados de Bolsonaro: 'Não existo para eles'Denúncia aponta que Roberto Dias usava imóvel funcional de Ricardo BarrosApesar disso, ela defende um modelo de votação com mais transparência para o eleitor. "Eleição no Brasil virou um ato de fé. Você vota e reza para o seu voto ir para o seu candidato", disse a deputada.
"O eleitor não tem como provar. Ele só sabe o que ele viu, que o voto dele não apareceu naquela urna. Aí você quer jogar para o eleitor o ônus de provar uma fraude? Isso é uma prova demoníaca. Não tem como. Agora, existem muitos indícios de problemas. Se foi fraude, se foi problema técnico, eu não sei", acrescentou.
"A questão é que virou uma contenda, uma guerra. O Parlamento sempre foi a favor do voto auditável. Só que desta vez, a Justiça Eleitoral entrou em campo exatamente para abortar até mesmo o debate. Então, isso é uma coisa muito pouco republicana."
Bolsonaro afirmou que nesta quinta-feira (29/7) que vai mostrar que houve fraude nas eleições presidenciais de 2014, disputada por Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), apesar de o próprio tucano negar qualquer indício de interferência. Ele também prometeu mostrar irregularidades também nas eleições de 2018, na qual foi eleito presidente.