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Estado de Minas TRANSPARÊNCIA NAS ELEIÇÕES

Bia Kicis, autora da PEC do voto impresso: 'Não é possível provar fraude'

A aliada do presidente foi na direção oposta do que Bolsonaro tem dito - que vai comprovar irregularidades nas eleições


25/07/2021 09:00 - atualizado 25/07/2021 10:11

Deputada Bia Kicis (PSL-DF) e presidente Jair Bolsonaro (sem partido)(foto: Reprodução/Twitter)
Deputada Bia Kicis (PSL-DF) e presidente Jair Bolsonaro (sem partido) (foto: Reprodução/Twitter)
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem prometido comprovar fraudes nas eleições há mais de um ano. No entanto, segundo a aliada do governo, deputada Bia Kicis (PSL-DF), autora da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) do voto impresso, não é possível fazer este tipo de comprovação.
 

"Eu não vou entrar nesta seara. Sabe por quê? Porque eu não vou falar uma coisa que eu não possa provar. Eu não posso provar que teve fraude. Sabe por quê? Porque o sistema não é auditável", disse a deputada em entrevista à "Folha de S.Paulo".

Apesar disso, ela defende um modelo de votação com mais transparência para o eleitor. "Eleição no Brasil virou um ato de fé. Você vota e reza para o seu voto ir para o seu candidato", disse a deputada.

"O eleitor não tem como provar. Ele só sabe o que ele viu, que o voto dele não apareceu naquela urna. Aí você quer jogar para o eleitor o ônus de provar uma fraude? Isso é uma prova demoníaca. Não tem como. Agora, existem muitos indícios de problemas. Se foi fraude, se foi problema técnico, eu não sei", acrescentou.
 

"A questão é que virou uma contenda, uma guerra. O Parlamento sempre foi a favor do voto auditável. Só que desta vez, a Justiça Eleitoral entrou em campo exatamente para abortar até mesmo o debate. Então, isso é uma coisa muito pouco republicana."

Bolsonaro afirmou que nesta quinta-feira (29/7) que vai mostrar que houve fraude nas eleições presidenciais de 2014, disputada por Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), apesar de o próprio tucano negar qualquer indício de interferência. Ele também prometeu mostrar irregularidades também nas eleições de 2018, na qual foi eleito presidente.


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