A deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) afirmou, nesta segunda-feira (26/7), que desconfia que alguém dentro do Palácio do Planalto esteja tentando interferir nas investigações sobre uma possível invasão na sua residência que resultou em uma agressão. A Polícia Legislativa da Câmara dos Deputados e a Polícia Civil investigam o caso.
“Eu sou ameaçada de morte por políticos ligados ao governo tem muito tempo", disse. “Tem um político que disse que me mataria por que eu deixei o governo, não é novidade para ninguém”, afirmou.
Segundo a deputada, alguém dentro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI) está tentando mudar a narrativa dos fatos.
A deputada explica que a história de que ela, na verdade, bateu o carro e não sofreu agressões está conectada ao governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e ao ministro do GSI, Augusto Heleno.
“A história que eles contam é quase impossível'', explica. “Farei uma notícia crime para que Heleno seja ouvido. Esse desespero de tentar uma narrativa a qualquer custo é o que me faz suspeitar do governo", explica.
Objeto
Ainda de acordo com ela, um objeto foi achado minutos antes da coletiva de imprensa, convocada por ela, no último domingo (25/7).
“Eu encontrei o objeto arrumando a sala para a coletiva de ontem. Foi um pouco antes de vocês chegarem. Nós guardamos e um dos agentes recolheu. Ele não tocou no objeto, colocou em um saquinho plástico e foi entregue para a polícia”, disse. Ela não identificou o que seria o objeto.
A deputada também deixou claro que acredita que o agressor ou o mandante do crime é parlamentar. Ela ainda disse que “confia na PF”, mas, sente medo da interferência do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na instituição.
Agressão
Joice afirma que, na madrugada de 18 de julho, acordou com marcas de sangue no chão do apartamento onde mora, em Brasília. Ela diz que não se lembra do que ocorreu.
A parlamentar percebeu que estava com dois dentes quebrados e um corte no queixo. Um hospital de Brasília constatou que Joice também teve cinco fraturas no rosto e na costela.
*Estagiária sob supervisão do subeditor João Renato Faria