Jornal Estado de Minas

ASSASSINADA

Marielle completaria 42 anos nesta terça-feira (27/7); relembre trajetória

Filha de dois moradores do Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, vereadora, feminista e simbolo nacional contra o racismo, Marielle Franco completaria, nesta terça-feira (27/7), 42 anos. Morta com seu motorista, Anderson Gomes, com 13 tiros, a vereadora teve sua história contada e recontada no país e levou à defesa de bandeiras que marcam as manifestações contra seu assassinato. Mas, afinal, quem era Marielle Franco?
 
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A história da vereadora com a política começou a ser traçada bem cedo quando ela ingressou no pré-vestibular comunitário e perdeu uma amiga, vítima de bala perdida em um tiroteio entre policiais e traficantes no Complexo da Maré.





A partir daí, Marielle procurou trabalhar em organizações da sociedade civil, como a Brasil Foundation e o Centro de Ações Solidárias da Maré (Ceasm).

Formada em sociologia pela PUC-RIO, Marielle se tornou vereadora em 2017 pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL). Ela foi reconhecida pelo seu trabalho dentro das comunidades do Rio de Janeiro, criação de pautas em defesa dos direitos da população LGBTIA%2b, mulheres e favelados.

Sua maior pauta era a inclusão de mulheres pretas faveladas na sociedade, buscando igualdade racial, salarial e de oportunidade.

Eleita vereadora com 46.502 votos, Marielle foi também presidente da Comissão da Mulher da Câmara Municipal do Rio de Janeiro. 

Para melhorar seu entendimento sobre as pautas que apoiava, a vereadora fez mestrado em Administração Pública pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Sua dissertação teve como tema: “UPP: a redução da favela a três letras”.

Morte

Em 14 de março de 2018, Marielle Franco e o motorista Anderson Pedro Gomes foram assassinados com 13 tiros. 

Ela foi assassinada dentro do carro na Rua Joaquim Palhares, no bairro do Estácio, na Região Central do Rio, por volta das 21h30.
 
A assessora de Marielle, que também estava no carro, foi atingida por estilhaços.

O caso Marielle foi notícia no mundo todo e gerou diversas manifestações que, mais de três anos depois, continuam pedindo justiça e buscando manter seu legado vivo.