O presidente Jair Bolsonaro voltou a demonstrar incertezas sobre sua candidatura à reeleição presidencial em 2022. Em entrevista na manhã desta quarta-feira (28) à Rádio Cidade Luis Eduardo Magalhães, da Bahia, Bolsonaro disse que deve disputar o pleito do ano que vem, mas não pode garantir. Para a disputa, conforme pontua, é necessário ter um partido político, algo que ainda não tem.
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O chefe do Executivo reafirmou que vem conversando com siglas sobre uma possível filiação, mas ainda não há certeza sobre seu destino. Dentre as legendas, Bolsonaro disse novamente que está em conversas com o Progressistas. "Partido ao qual integrei por aproximadamente 20 anos, ao longo de 28 que fui deputado federal", afirmou.
O presidente está desde novembro de 2019 sem uma sigla, quando decidiu deixar o PSL (partido pelo qual se candidatou para concorrer às eleições de 2018) após uma série de desentendimentos entre ele e o presidente da legenda, Luciano Bivar. O anúncio da saída de Bolsonaro veio com a promessa de criação de um partido próprio do presidente, o Aliança pelo Brasil, que o chefe do Executivo ainda não conseguiu tirar do papel.
Na madrugada desta quarta-feira, o Diário Oficial da União (DOU) oficializou o novo comando da Casa Civil sob o senador Ciro Nogueira (PP-PI). A entrada do senador no ministério representa um movimento político importante para o chefe do Executivo em um momento de crescente perda de popularidade do governo. Presidente do Progressistas, Nogueira foi confirmado ministro para diminuir o desgaste de Bolsonaro, alvo da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid do Senado.