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Estado de Minas LITERATURA

Olavo de Carvalho, 'guru' de Bolsonaro, perde contrato com editora

Expoente de pensamentos radicais à direita, escritor teve livros publicados pelo Grupo Record, mas suas posições antidemocráticas impediram a renovação


29/07/2021 18:42 - atualizado 29/07/2021 19:06

Olavo (ao centro) é cultuado por bolsonaristas e radicais à direita(foto: Alan Santos/PR)
Olavo (ao centro) é cultuado por bolsonaristas e radicais à direita (foto: Alan Santos/PR)
O escritor Olavo de Carvalho não compõe mais os quadros do Grupo Editorial Record. Os contratos referentes aos dois livros do "guru" bolsonarista publicados pela empresa venceram em janeiro deste ano e em setembro do ano passado. As posições antidemocráticas de Olavo motivaram o fim do vínculo.

"O Grupo, que completa oito décadas em 2022, segue publicando autores que representam as mais variadas correntes de pensamento, tanto do campo conservador quanto do progressista, com a convicção de que desta forma contribui para o debate público. A pluralidade e o incentivo ao debate de ideias são compromissos que norteiam e seguirão norteando as decisões editoriais da Record", lê-se em comunicado emitido pela empresa.

Ao jornal "O Globo", porém, o editor-executivo do Grupo Editorial Record, Rodrigo Lacerda, disse que os pensamentos explicitados por Olavo geram dissonância com vozes contrárias.

"A editora pede aos seus autores que tenham o espírito democrático de conviver com vozes diferentes. O posicionamento do Olavo hoje é de uma convivência péssima com as vozes discordantes, para dizer o mínimo", falou ele, garantindo que há espaço para a publicação de opiniões das mais variadas vertentes.

Ferrenho apoiador do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e "guia" de muitos dos pensamentos propagados por ele, Olavo vive nos Estados Unidos e, recentemente, esteve no Brasil para tratamento de saúde.

Pelo grupo Record, o escritor publicou os títulos "O imbecil coletivo", de 2013, e "O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota", de 2018. As ideias "olavistas" são cultuadas por figuras da extrema-direita brasileira.


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