
"Não tem como comprovar que as eleições foram ou não fraudadas. Um crime se revela com vários indícios", falou, em determinado momento da transmissão.
O presidente divulgou uma série de versões já desmentidas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Uma das narrativas trata da disputa contra Fernando Haddad, do PT, em 2018. Segundo ele, a vitória poderia ter sido sacramentada já no primeiro turno.
Em outro momento, Bolsonaro recorreu ao confronto entre Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves, do PSDB, em 2014. O presidente associou uma suposta "alternância" entre os candidatos na liderança da apuração ao famoso "cara ou coroa" com uma moeda.
Ao longo de duas horas, vídeos e apresentações foram exibidas, mas o líder do governo brasileiro reconheceu que não há como cravar as fraudes.
"Vamos deixar isso continuar acontecendo? Acabando as eleições, a gente vai judicializá-la? Quem vai julgar? Os mesmos que tiraram Lula da cadeia, tornaram-o elegível e contaram os votos. Digo mais: não temos provas, para ficar bem claro, mas indícios de que eleições para senador e deputado pode ocorrer a mesma coisa", reclamou, em menção indireta aos ministros da Suprema Corte.
Um homem, identificado como Eduardo e apresentado como especialista em dados, comandou a exposição. Outro rapaz, chamado de Jeferson, foi mostrado em gravação exibida para comprovar suposta "fragilidade" do código-fonte das urnas eleitorais. A ideia de Jeferson, programador, era sustentar que o sistema digital é facilmente manipulável.