O presidente Jair Bolsonaro utilizou as redes sociais neste sábado (31/07) para elogiar o sistema eleitoral do Paraguai. Mais uma vez, o mandatário endossou defesa ao voto impresso.
"O Paraguai é exemplo para o Brasil quanto à confiabilidade das suas urnas", escreveu. Ele quer que as urnas eletrônicas imprimam comprovantes de votação para que, segundo ele, seja possível fazer uma auditoria na contagem dos votos.
Na quinta-feira (29/7), Bolsonaro fez mais uma live na qual prometeu apresentar provas de que as eleições de 2018 foram fraudadas. Contudo, durante o evento, ele comentou que "não tem como se comprovar que as eleições não foram ou foram fraudadas".
Exibiu o que chamou de indícios com pouca comprovação de veracidade, e usou o espaço para levantar dúvidas sobre o atual sistema de votação brasileiro.
Aproveitou o tempo e a audiência, ainda, para chamar apoiadores para manifestações pelo voto impresso, e perto do fim, ameaçou. "Se manifestação popular não sensibilizar as autoridades do Brasil, o que podemos esperar, que o povo se revolte?", disse.
Exibiu o que chamou de indícios com pouca comprovação de veracidade, e usou o espaço para levantar dúvidas sobre o atual sistema de votação brasileiro.
Aproveitou o tempo e a audiência, ainda, para chamar apoiadores para manifestações pelo voto impresso, e perto do fim, ameaçou. "Se manifestação popular não sensibilizar as autoridades do Brasil, o que podemos esperar, que o povo se revolte?", disse.
No mesmo dia, o Tribunal Superior Eleitoral emitiu nota alertando que o chefe do Executivo propagou notícias falsas em sua live.
Voto impresso
Na noite dessa sexta-feira (30/7), em entrevista ao Ratinho, o presidente afirmou que "por enquanto está sem partido" e comparou a situação a um casamento, afirmando que não basta querer ingressar em uma sigla, mas que o outro lado também precisa estar em concordância. Questionado sobre se caso o projeto do governo de voto impresso não seja aprovado, se concorreria à reeleição, o chefe do Executivo desconversou e voltou a defender a medida.
"Se eu falar que sou candidato, eu posso estar fazendo campanha antecipada. O que eu quero são as eleições democráticas. Por enquanto, estou sem partido. Não é eu escolher. É igual casamento, o outro lado tem que me querer também. Então quero ficar em condições de, se for o caso, disputar a reeleição. Tenho certeza que estamos acertando e a gente vai tomar boas decisões no ano que vem para ser uma opção para continuar ou não para a opinião pública. Agora, eu quero que o povo diga que eu vou continuar ou não, mas que na urna, e o voto democrático dentro da urna", concluiu.
Bolsonaro voltou a dizer no dia 28 que "o povo vai reagir" caso o projeto de voto impresso do governo não seja aprovado pelo Congresso para as eleições de 2022.
Horas antes, o presidente da Câmara, Arthur Lira, que é um aliado de ocasião do presidente, afirmou que o texto não terá apoio suficiente para chegar ao plenário. "A questão do voto impresso está tramitando na comissão especial, o resultado da comissão impactará se esse assunto vem ao plenário ou não. Na minha visão, tudo indica que não". Ele emendou que a discussão em torno da PEC do voto impresso é uma "perda de tempo".
A Comissão da Câmara adiou para agosto a votação da PEC. A decisão representou uma vitória para os defensores da proposta, que temiam uma derrota caso a matéria fosse votada em julho.