Sobrou até mesmo para o rei dos quadrinhos, o super-herói Superman, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID realizada nesta terça-feira (3/8).
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A CPI retomou os trabalhos na manhã desta terça-feira (3/8) com o depoimento do reverendo. Ele é apontado por representantes da Davati Medical Supply, com sede nos Estados Unidos, como um intermediador entre o governo federal e empresas que ofertam vacinas.
“O senhor conhece Aldebaran Luiz?”, perguntou Jean Paul Prates.
“Não”, respondeu o reverendo.
O reverendo usou a logo de Aldebaran no documento enviado para o Ministério da Saúde. “Parece brincadeira, mas esse cara diz ser o Superman brasileiro”, disse o petista.
"Nós estamos diante de falsários e estelionatários", finaliza o senador.
O dia da CPI
A CPI da COVID, instalada pelo Senado, retoma de recesso parlamentar nesta terça-feira (3/8) com o depoimento do reverendo Amilton Gomes de Paula. A convocação de Amilton atende pedido do vice-presidente do colegiado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
O parlamentar destacou os e-mails, divulgados pelo Jornal Nacional, da TV Globo, em que o diretor de Imunização do Ministério da Saúde, Laurício Cruz, autorizava o reverendo a comprar, por meio da Senah, 400 milhões de doses de vacinas da AstraZeneca.
O parlamentar destacou os e-mails, divulgados pelo Jornal Nacional, da TV Globo, em que o diretor de Imunização do Ministério da Saúde, Laurício Cruz, autorizava o reverendo a comprar, por meio da Senah, 400 milhões de doses de vacinas da AstraZeneca.
Segundo o policial militar de Minas Gerais, Luiz Paulo Dominghetti, que acusa o ex-diretor de Logística da pasta, Roberto Ferreira Dias, de cobrar propina de US$ 1 dólar por dose, Gomes de Paula foi quem o ajudou a conseguir marcar reuniões com membros do governo para apresentar a proposta do imunizante britânico em fevereiro deste ano.
O reverendo estava marcado para depor à CPI no dia 14 de julho, mas foi adiado por questões de saúde. Amilton apresentou um atestado médico alegando problemas renais, o que foi confirmado pela perícia médica do Senado.
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, concedeu habeas corpus para que o religioso tenha o direito de permanecer em silêncio aos questionamentos que possam incriminá-lo.
* Estagiária sob supervisão do subeditor João Renato Faria