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Estado de Minas CPI DA COVID

Superman do Brasil? Na CPI, senador cita advogado que diz ser o super-herói

A CPI retomou os trabalhos na manhã desta terça-feira com o depoimento do reverendo Amilton Gomes de Paula, presidente da Senah


03/08/2021 15:50 - atualizado 03/08/2021 16:14

 
Senador Jean Paul Prates (PT-RN)(foto: Pedro França/Agência Senado)
Senador Jean Paul Prates (PT-RN) (foto: Pedro França/Agência Senado)
Sobrou até mesmo para o rei dos quadrinhos, o super-herói Superman, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID realizada nesta terça-feira (3/8).
 
 
Durante os questionamentos feitos ao reverendo Amilton Gomes de Paula, presidente da ONG Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários (Senah), o senador Jean Paul Prates (PT-RN), perguntou se ele conhecia Aldebaran Luiz, dono de um dos selos usados pelo reverendo em documentos.
 
 

Aldebaran Luiz é um advogado brasileiro que luta na Justiça pelo título de Superman. O paranaense alega transferência de "poderes" de Christopher Reeve para ele após acidente que deixou astro de Hollywood tetraplégico.

A CPI retomou os trabalhos na manhã desta terça-feira (3/8) com o depoimento do reverendo. Ele é apontado por representantes da Davati Medical Supply, com sede nos Estados Unidos, como um intermediador entre o governo federal e empresas que ofertam vacinas.

“O senhor conhece Aldebaran Luiz?”, perguntou Jean Paul Prates.

“Não”, respondeu o reverendo.

O reverendo usou a logo de Aldebaran no documento enviado para o Ministério da Saúde. “Parece brincadeira, mas esse cara diz ser o Superman brasileiro”, disse o petista.

"Nós estamos diante de falsários e estelionatários", finaliza o senador.
  
Leia: Humberto Costa cita Gil do Vigor na CPI: 'O Brasil tá lascado' 

O dia da CPI

 
CPI da COVID, instalada pelo Senado, retoma de recesso parlamentar nesta terça-feira (3/8) com o depoimento do reverendo Amilton Gomes de Paula. A convocação de Amilton atende pedido do vice-presidente do colegiado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

O parlamentar destacou os e-mails, divulgados pelo Jornal Nacional, da TV Globo, em que o diretor de Imunização do Ministério da Saúde, Laurício Cruz, autorizava o reverendo a comprar, por meio da Senah, 400 milhões de doses de vacinas da AstraZeneca.

Segundo o policial militar de Minas Gerais, Luiz Paulo Dominghetti, que acusa o ex-diretor de Logística da pasta, Roberto Ferreira Dias, de cobrar propina de US$ 1 dólar por dose, Gomes de Paula foi quem o ajudou a conseguir marcar reuniões com membros do governo para apresentar a proposta do imunizante britânico em fevereiro deste ano.

O reverendo estava marcado para depor à CPI no dia 14 de julho, mas foi adiado por questões de saúde. Amilton apresentou um atestado médico alegando problemas renais, o que foi confirmado pela perícia médica do Senado.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, concedeu habeas corpus para que o religioso tenha o direito de permanecer em silêncio aos questionamentos que possam incriminá-lo.
 
* Estagiária sob supervisão do subeditor João Renato Faria
 

   


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