O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nesta quarta-feira (4) que seria obrigado a jogar fora das quatro linhas definidas pela Constituição caso chegue a ele algo fora dos limites definidos pela Carta Magna.
Na segunda-feira (2), durante primeira sessão do semestre do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a Corte autorizou a abertura de inquérito para investigar se os ataques do presidente à urna eletrônica constituem infração, bem como solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que analise se o presidente deve ser incluído em investigação sobre o disparo de fake news.
Em entrevista ao programa Pingo nos Is, da Jovem Pan, o presidente disse que o inquérito sobre o disparo de notícias fraudulentas nasce sem qualquer embasamento jurídico. "(A abertura) está dentro das quatro linhas da Constituição? Não está. Então o antídoto para isso também não está dentro das quatro linhas. Aqui ninguém é mais macho que ninguém", disse.
Bolsonaro também acusou o presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, de ter candidato para as eleições do próximo ano, bem como distorceu votos do ministro para atribuir a ele a defesa das drogas, do "direito das amantes" e da pedofilia. "Tudo o que ele (Barroso) defende não se adequa a sociedade brasileira", disse Bolsonaro.
Para o presidente, Barroso não tem qualquer amor à democracia. "Não pode um ministro ocasionar esse tumulto todo", disse sobre o assunto. "Não tente me jogar contra o Supremo e levar para o lado do corporativismo", alertou.
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