Jornal Estado de Minas

TENSÃO ENTRE PODERES

Após ataques de Bolsonaro, Fux cancela reunião entre chefes de poderes

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, respondeu aos últimos ataques do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) aos ministros da Corte Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes. Fux cancelou a reunião entre os três poderes.





O presidente do STF pretendia agendar o encontro nesta semana, mas teria sido aconselhado a adiá-lo diante das críticas de Bolsonaro aos ministros.

"O Supremo informa que está cancelada a reunião entre os chefes de Poder, entre eles o presidente da República", afirmou o ministro. "Quando se ataca um integrante desta Corte, se ataca a todos", diz Fux.
 
No final da tarde dessa quarta-feira (4/8), Alexandre de Moraes aceitou o pedido do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e incluiu o presidente no inquérito das fake news.
 
Bolsonaro será investigado por crimes cometidos pela disseminação de informações falsas e ataques contra as instituições. O presidente acusa as eleições de serem fraudadas. 




  
Mais cedo, em entrevista à Rádio 93 FM do Rio de Janeiro, o presidente convocou uma manifestação para a população da cidade de São Paulo se manifestar na Avenida Paulista contra os ministros com o objetivo de "defender a Constituição". 
 
Leia: Bolsonaro ataca Moraes: 'a hora dele vai chegar', ameaça  

"Não podemos continuar com ministros (Judiciário) arbitrários", declarou.

De acordo com Bolsonaro, Moraes é "a própria mentira dentro do STF". Para ele, o ministro faz "ações intimidatórias" e "joga fora da Constituição". "A hora dele vai chegar", ameaçou Bolsonaro.




  
Leia: Moraes sobre ataques de Bolsonaro: 'Ameaças vazias e agressões covardes' 
 
Além disso, Bolsonaro também vem atacando Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 

Nos últimos meses, o presidente vem falando a apoiadores que ganhou as eleições em primeiro turno. De acordo com ele, o pleito de 2018 foi fraudado para que Fernando Haddad (PT) tivesse a oportunidade de enfrentá-lo em segundo turno.

Bolsonaro foi eleito o 38º presidente da República com 57.797.847 votos (55,13% dos votos válidos).   

Para o presidente, Barroso vem escondendo provas de fraude por defender o atual sistema eleitoral. 
 

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