Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux se encontrou com o procurador-geral da República, Augusto Aras, nesta sexta-feira (6/8). A reunião foi convocada para discutir a crise entre os Poderes. O presidente Jair Bolsonaro tem realizado ataques reiterados contra o Supremo, seus ministros e o sistema eleitoral.
Os principais alvos de Bolsonaro são o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, e o ministro Alexandre de Moraes.
No encontro com Aras, Fux destacou a necessidade de se proteger a democracia, pediu uma posição mais forme do procurador com relação as declarações e atos do presidente da República e disse que ele deve ficar vigilante ao sistema democrático.
No encontro com Aras, Fux destacou a necessidade de se proteger a democracia, pediu uma posição mais forme do procurador com relação as declarações e atos do presidente da República e disse que ele deve ficar vigilante ao sistema democrático.
Em nota divulgada após o encontro, o STF informou que Fux e Aras "reconheceram a importância do diálogo permanente entre as duas instituições".
Já a PGR, também em nota, disse que ambos "renovaram o compromisso da manutenção de um diálogo permanente entre o Ministério Público e o Judiciário para aperfeiçoar o sistema de Justiça à serviço da democracia e da República".
Já a PGR, também em nota, disse que ambos "renovaram o compromisso da manutenção de um diálogo permanente entre o Ministério Público e o Judiciário para aperfeiçoar o sistema de Justiça à serviço da democracia e da República".
Bolsonaro afirmou que pode "agir fora das quatro linhas da Constituição", em entrevista a rádio Jovem Pan. E chamou Moraes de "ditatorial" e disse que a "hora dele vai chegar", após ter sido incluído como investigado no inquérito das fake news.
A Associação Nacional dos Juízes Federais (Ajufe) disse que "manifesta repúdio à escalada de desrespeito aos integrantes do Supremo Tribunal Federal, protagonizada pelo chefe do Executivo". Outras 10 entidades também assinam o texto, que acusa Bolsonaro de distorcer o teor de decisões judiciais.