O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a atacar o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso. Em meio a aglomeração, quando falava com apoiadores, o presidente se referiu ao ministro como “um filho da puta” (veja vídeo).
Mais cedo, o chefe do Executivo federal já havia sugerido que Barroso quer que crianças de 12 anos tenham relações sexuais.
“Não ofendi nenhum ministro do Supremo, apenas falei da ficha do senhor Barroso, defensor do terrorista (Cesare) Battisti, favorável ao aborto, à liberação das drogas, à redução da idade para estupro de vulnerável. Ele quer que nossas filhas e netas, com 12 anos, tenham relações sexuais. Por ele, sem problema nenhum”, afirmou.
O presidente visitou a cidade de Joinville em Santa Catarina, nesta sexta-feira (6/8).
No fim da tarde de quinta-feira (5/8), o presidente do STF, Luiz Fux, cancelou a reunião entre os poderes. A ação foi feita após Bolsonaro atacar os ministros Barroso e Alexandre de Moraes. "Quando se ataca um integrante desta Corte, se ataca a todos", afirmou Fux.
Durante a agenda em Santa Catarina, Bolsonaro também negou ter atacado a Suprema Corte e declarou que o que menos existe com o STF é harmonia.
"Não estou atacando o Supremo Tribunal Federal. Longe disso. O que menos existe, parece, é harmonia. Nunca proferi uma só palavra, tive um só ato, uma só posição fora das quatro linhas da Constituição. Eu quero é governar, continuar lutando para que nosso país, nosso povo tenham dias melhores" disse o presidente.
"Não estou atacando o Supremo Tribunal Federal. Longe disso. O que menos existe, parece, é harmonia. Nunca proferi uma só palavra, tive um só ato, uma só posição fora das quatro linhas da Constituição. Eu quero é governar, continuar lutando para que nosso país, nosso povo tenham dias melhores" disse o presidente.
Ele também disse estar aberto ao diálogo e "a rasgar o verbo" com o Fux.
"Da minha parte, conversar com vossa excelência, ministro Fux, estou aberto ao diálogo. Não tem problema nenhum. Só nós dois. Ou chama lá também o Rodrigo Pacheco. Convido também o Arthur Lira. Nós quatro. Sem problema nenhum. Vamos nós quatro ali rasgar o verbo. Com compromisso de não sair e tagarelar para a imprensa. Estou à disposição", concluiu.
Ataques ao STF
Na quarta-feira (4/8), Alexandre de Moraes aceitou o pedido do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e incluiu o presidente no inquérito das fake news.
Bolsonaro será investigado por crimes cometidos pela disseminação de informações falsas e ataques contra as instituições. O presidente acusa as eleições de serem fraudadas.
Mais cedo, em entrevista à Rádio 93 FM do Rio de Janeiro, o presidente convocou uma manifestação para a população da cidade de São Paulo se manifestar na Avenida Paulista contra os ministros com o objetivo de "defender a Constituição".
"Não podemos continuar com ministros (Judiciário) arbitrários", declarou.
De acordo com Bolsonaro, Moraes é "a própria mentira dentro do STF". Para ele, o ministro faz "ações intimidatórias" e "joga fora da Constituição". "A hora dele vai chegar", ameaçou Bolsonaro.
Além disso, Bolsonaro também vem atacando Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Nos últimos meses, o presidente vem falando a apoiadores que ganhou as eleições em primeiro turno. De acordo com ele, o pleito de 2018 foi fraudado para que Fernando Haddad (PT) tivesse a oportunidade de enfrentá-lo em segundo turno.
Bolsonaro foi eleito o 38º presidente da República com 57.797.847 votos (55,13% dos votos válidos).
Bolsonaro foi eleito o 38º presidente da República com 57.797.847 votos (55,13% dos votos válidos).
Para o presidente, Barroso vem escondendo provas de fraude por defender o atual sistema eleitoral.