O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta sexta-feira (6/8) que vai levar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do voto impresso para o Plenário.
"O Brasil tem enormes desafios como a reforma tributária, administrativa, questões ambientais, o combate à pandemia e a vacinação. Mas mesmo assim, o voto impresso está pautando o país. Não é justo com o Brasil. Avançamos em muitas questões... o Brasil sempre teve pressa e o momento atual é de urgência”, disse o deputado. “Pela tranquilidade das próximas eleições vamos levar o voto impresso para o Plenário. Os deputados que foram eleitos pela urna eletrônica irão escolher”, afirmou.
Na tarde de ontem, quinta-feira (5/8), a comissão especial na Câmara rejeitou o relatório do deputado Filipe Barros (PSL-PR) favorável à PEC. O parecer a favor da PEC foi rejeitado por 23 votos a 11.
Agora, mesmo com a derrota, o texto vai ser levado ao Plenário.
“Para quem fala que a democracia está em risco, não há nada mais amplo e representativo do que deixar o plenário da Câmara se manifestar. O Plenário é a expressão da democracia”, disse Lira no posicionamento.
O presidente da Câmara, afirmou que “está atento 24 horas por dia” e não seguirá “pelo caminho da institicionalidade”.
“Pela defesa da democracia, o Plenário decidirá essa discussão, que já foi muito adiante”, finalizou.
A proposta é defendida pelos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Nos últimos meses, o chefe do Executivo federal vem falando a apoiadores que ganhou as eleições em primeiro turno. De acordo com ele, o pleito de 2018 foi fraudado para que Fernando Haddad (PT) tivesse a oportunidade de enfrentá-lo em segundo turno.
Bolsonaro foi eleito o 38º presidente da República com 57.797.847 votos (55,13% dos votos válidos).