O senador Antonio Anastasia (PSD-MG) é mais um integrante do grupo que defende a candidatura do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), ao Palácio do Planalto. O movimento é liderado por Gilberto Kassab, que preside o diretório nacional pessedista, e tenta levar Pacheco ao partido. Entusiasta de uma “terceira via” para oferecer alternativa à polarização entre Jair Bolsonaro (sem partido) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Anastasia crê que o comandante do Congresso Nacional é capaz de aglutinar forças e romper com o que chama de “radicalismo”. “O Brasil, me parece, está ansiando por uma pacificação; por um candidato de centro, equilibrado, que termine com esse radicalismo. E, como disse Kassab, esse candidato indo ao segundo turno, contra ‘A’ ou ‘B’, está com a eleição certa”, diz, ao Estado de Minas.
Ex-governador mineiro, Anastasia está há seis anos e meio no Senado e pretende tentar a reeleição. Paralelamente, como faz questão de frisar, está “fechado” com o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, colega de legenda e iminente candidato ao Executivo estadual. Amigos de longa data, ele se encontram periodicamente. Na semana passada, almoçaram com Alexandre Silveira, presidente do PSD em Minas, e Agostinho Patrus (PV), presidente da Assembleia Legislativa. O senador nega que a montagem da chapa tenha sido tema da reunião, mas não se furta a elogiar o deputado estadual, ventilado para o posto de vice. “Isso vai ser definido de acordo com uma combinação, adiante, das forças políticas que estiverem apoiando Kalil. Vamos discutir oportunamente, com partidos e a sociedade, o nome que somar mais”, assevera, embora emende observando que o nome de Agostinho é “excepcional”.
"No meu partido, já há um pré-candidato disposto, que é o prefeito Kalil, que tem todo o nosso apoio e simpatia"
O que levou o senhor a tentar reeleição para o Senado?
Já começaram as articulações, diversas conversas e até mesmo enquetes de opinião pública. Como sou senador em exercício de mandato e meu partido, o PSD, está se organizando bem — não só em Minas, mas em todo o Brasil —, achei conveniente já dar a notícia de que sou pré-candidato. Não há definição ainda de candidatura, e nem pode haver, sob o ponto de vista legal. Mas (quero) dizer que a minha intenção não é de uma nova candidatura ao governo. Havia muita especulação de que não seria candidato (ao Senado). Não vou dizer o que acontecerá daqui um ano e três meses, mas a princípio sou candidato.
O senhor não cogitou ser candidato ao governo em nenhuma hipótese?
Em hipótese alguma. No meu partido, já há um pré-candidato disposto, que é o prefeito Kalil, que tem todo o nosso apoio e simpatia. Já fui governador, acho que realizei bom mandato e, há três anos, me candidatei e perdi as eleições para o governador Romeu Zema. Uma candidatura que, àquele momento, todo mundo sabe, não era muito o meu intuito, mas cumpri a determinação do meu partido à época (PSDB). Acho que o Executivo hoje, de fato, para uma pessoa que está com a minha experiência, é bom evitar. Já passou. (Estou) ‘fechado’ com Kalil.
Na sexta-feira, houve um almoço entre o senhor, o prefeito Kalil, Alexandre Silveira, presidente do PSD em Minas, e Agostinho Patrus, do PV, presidente da Assembleia de MG. O que foi discutido?
Me encontro com Kalil com boa frequência. Além de sermos correligionários, somos amigos antigos, de outros tempos, e bons atleticanos. Da mesma forma, com Alexandre (Silveira) e Agostinho (Patrus). Essas reuniões ocorrem periodicamente, para discutir a conjuntura, o quadro político e o quadro nacional. Tivemos uma semana muito tensa nacionalmente. Todos viram. Não para tratar da eleição do ano que vem, mas discutir o panorama político, o que é muito normal. Não foi discutido nada sobre chapa. O nome do presidente da Assembleia tem sido cogitado pela imprensa — e é do mais alto calibre para ocupar qualquer função no estado, tanto no governo quanto eventualmente no Senado ou em outro espaço. Mas isso não foi discutido.
O senhor enxerga a possibilidade de Agostinho Patrus ser candidato a vice na chapa de Kalil ao governo?
Isso vai ser definido de acordo com uma combinação, adiante, das forças políticas que estiverem apoiando Kalil. Vamos discutir oportunamente, se tudo for adiante, com partidos e a sociedade, o nome que somar mais. E, é claro, dependendo da afinidade, que é importante, entre o candidato ao governo e o candidato a vice. Tive a sorte, em meu governo, de ter um vice muito afinado comigo (Alberto Pinto Coelho). Vai depender do prefeito, também, essa definição. Mas o nome do Agostinho é excepcional. Todos sabemos.
O governador conseguiu fechar um acordo de indenização ao Estado pelo desastre de Brumadinho. São bilhões de reais para obras. Isso, somado à regularização do salário dos servidores, pode dar força política e eleitoral a Zema?
Colocar o salário em dia é sempre muito positivo. Quando colocamos o salário em dia, salvo engano em 2004, nunca havia sido pago em dia nos 40 anos anteriores, talvez. Infelizmente, o governo que nos sucedeu passou, de novo, a partilhar os salários. É uma coisa que os funcionários consideram como algo que já era costume, pois assim ficou por mais de dez anos. Obras e recursos são muito bem-vindos, mas é bom lembrar que em 2014 tínhamos um conjunto maior de obras realizadas — somados os 12 anos (de PSDB), muito maior do que o estado tinha visto nas últimas décadas. E, nem por isso, infelizmente, elegemos o nosso sucessor (Pimenta da Veiga). Isso, hoje, não é um fator tão relevante. É importante para o estado, e sou o primeiro a aplaudir a necessidade das obras, mas acho que eleitoralmente outros fatores serão levados em consideração, até porque, com o país muito radicalizado, a posição do candidato em relação ao plano federal será muito cobrada. Vão ser mais importantes posições políticas que questões administrativas.
Kassab já disse que Rodrigo Pacheco é o único plano do PSD para a corrida ao Planalto. O senhor acredita na filiação dele? Se sim, crê que vai topar o desafio de ser candidato?
Torço muito por essa filiação. Tenho relação muito próxima com Pacheco, anterior às eleições. Tive a oportunidade de trabalhar para que ele fosse senador em 2018 e, em 2021, presidente do Senado. A vinda dele para o PSD seria esplêndida para o nosso partido e para a política nacional, porque o habilita, caso queira — e ele não tem, e nem pode ter, definição — a ser um candidato forte a presidente da chamada tercerai via. Pelos predicados e qualidades que tem: serenidade, equilíbrio, bom senso, conhecimento e preparo. Ele tem, pela visibilidade do cargo, ressonância muito grande do trabalho. Há a possibilidade, mas a decisão caberá a ele, que tem dito publicamente que não é tempo de tratar do assunto. Pessoalmente, torço muito. É um candidato viável, com boa perspectiva. Seria muito importante para o Brasil — e, especialmente para Minas Gerais — termos um candidato viável e, quem sabe, presidente, para resolver os gargalos que a União nos deve.
Lula e Bolsonaro já criticaram a ideia de uma candidatura alternativa. O senhor acredita na construção de uma terceira via ou pensa que esse nome pode ser definido naturalmente?
É óbvio que para os dois candidatos dos extremos o segundo turno ideal seria entre ambos. Defendo a terceira via não de hoje. Em 2018, apoiei de maneira veemente Geraldo Alckmin, que teria sido excepcional presidente — é moderado e convergente. No segundo turno, votei em branco. As pessoas não escolhem o candidato de suas cabeças; eles são colocados pelos partidos. Se os partidos de centro tiverem certo desprendimento e altruísmo e fizerem essa composição, é possível termos um ou dois candidatos, e um deles empolgar na opinião pública. Acredito em Pacheco, pois já vi esse filme acontecer. Em 2016, na eleição para prefeito de BH, quando ele era um deputado federal com dois anos de mandato e totalmente desconhecido, sair do zero e chegar a 10% no primeiro turno, em uma campanha muito aplaudida (terminou em terceiro). Por causa disso, se cacifou para ser pré-candidato ao governo e depois candidato ao Senado. Quando as pessoas o conhecerem melhor, começarem os debates e ele se posicionar, caso queira ser presidente, vai ter um desempenho muito acima dos demais. O Brasil, me parece, está ansiando por uma pacificação; por um candidato de centro, equilibrado, que termine com esse radicalismo. E, como disse Gilberto Kassab, esse candidato indo ao segundo turno, contra ‘A’ ou ‘B’, está com a eleição certa.
"Estamos gastando energia imensa com o voto impresso sabendo que, para 2022, é inexequível"
Nas sessões da CPI da COVID, é possível ver muitos senadores que não são titulares ou suplentes da comissão participando das inquirições. Por que o senhor opta por não comparecer às sessões para fazer perguntas aos depoentes?
Durante seis anos e meio de Senado, só participei de uma CPI: a de Brumadinho, pela relação com Minas. Confesso achar, como professor de direito público, que as CPIs passaram a ter papel um pouco esgarçado nos últimos 20 anos no Brasil. Tenho por hábito não assinar CPIs e não participar. Apoio quem participa e não me coloco contra; cada qual tem o seu perfil de atuação. Minha atuação no Senado tem natureza muito técnica em termos de projetos de lei e relatorias — sou o relator do maior número de projetos, com proposições de natureza muito técnica já aprovadas, para resolver problemas e assuntos mais complexos. São 81 senadores. Cada um tem uma especialidade. Já temos os colegas com gosto, estilo e predileção para participar das CPIs. Sou mais contido e de convergência. A CPI, especialmente esta, é um local de extrema efervescência. Como já temos parlamentares suficientes para defender as duas teses, acompanho. Vamos ver se da CPI virão projetos de lei. Aí, vou participar. Se for matéria penal, é da alçada do Ministério Público.
Bolsonaro tem dado recorrentes declarações atacando integrantes do Judiciário e colocando em xeque, sem provas, a lisura do sistema eleitoral brasileiro. As instituições democráticas correm risco de ruptura?
Confio integralmente na Justiça Eleitoral e nas urnas eletrônicas. Já ganhei e já perdi eleição; nunca duvidei delas, um imenso avanço ao que tínhamos no Brasil. Bolsonaro tem um estilo próprio, que o elegeu. Quem votou nele, votou conhecendo esse estilo verbal e a personalidade forte que ele tem. As instituições são sólidas e continuo acreditando nelas. Não vejo riscos à instituição democrática, mas é um ambiente de radicalização que não gosto. Tem gente que gosta. Cada um tem seu estilo. Não gosto desse ambiente de brigas. Estamos gastando energia imensa com o voto impresso sabendo que, para 2022, isso é inexequível. É um tema que conheço bem: não há como licitar uma solução tecnológica a tempo.
O que vai acontecer com o voto impresso? A ideia será rejeitada pelo Parlamento?
Não posso responder pela Câmara, mas no ambiente do Senado, acho que dificilmente seria aprovada qualquer tipo de alteração. Nem mesmo essa alteração que a Câmara pretende, de voto de distritão ou de mudança nas coligações, passa no Senado.
Desde a reunião que selou o apoio do PSD a Rodrigo Pacheco na eleição interna do Congresso, a especulação de que o senhor pode ser indicado ao TCU passou a ecoar com mais força. Essa possibilidade é factível? O senhor trabalha com a hipótese de ir ao Tribunal de Contas, ainda que em 2023?
Surgiu essa conversa àquela época, com a possibilidade de uma vaga que não existe. Sou muito realista: se não há vaga, não há o que discutir. Meu nome é muito citado, talvez por meu perfil mais técnico. Sou professor de direito administrativo e fui governador. O perfil ‘casa’ bem, mas não há vaga. É uma honra ser lembrado, mas não havendo vaga, me dedico aos assuntos do mandato. Não há vaga e não haverá.
O que o Senado pode fazer para sinalizar aos brasileiros que teremos eleições em 2022 — e que o resultado das urnas será respeitado?
A não ser uma questão retórica, não há nenhum ato concreto contrário às eleições do ano que vem, e nem pode haver. O presidente (Arhur) Lira (PP-AL), que tem proximidade com Bolsonaro, já manifestou claramente que as eleições ocorrerão. Pacheco deu forte declaração na semana passada no mesmo sentido. Os presidentes das duas Casas coordenam parlamentares de várias linhas partidárias e ideológicas. Eles têm dificuldade, como qualquer um no lugar deles, de ter posição muito específica do ponto de vista retórico. Se houver algum fato concreto que demonstre que está havendo algum risco à Constituição, às instituições ou à lisura das eleições, evidentemente haverá reação muito forte.
Como o senhor avalia as chances de Kalil em eventual disputa com Romeu Zema?
Avalio (as chances) como muito boas. Não há dúvida de que o governador em exercício sempre tem um handicap. É natural, pelo conhecimento no estado. Enquanto o prefeito tem conhecimento maior na capital e na Região Metropolitana. No passado, para um candidato ser conhecido, levava-se meses; se não mais de ano. Hoje, com as redes sociais e a intensidade da propaganda, ficou muito mais rápido. A possibilidade de o prefeito Kalil crescer no conhecimento (é considerável). Ele faz uma boa administração, o que vai sendo transmitido, além de ter vantagem pela forma direta e popular de comunicação com as pessoas, acrescida de sensibilidade social. É uma pessoa humana, com interesse muito grande pelo cuidado com as pessoas. Esse diferencial vai ser muito importante na campanha que teremos.
O senhor enxerga o governador Zema muito alinhado ao presidente Bolsonaro?
Assim tenho visto. Na campanha que ele ganhou de mim, abandonou o candidato de seu partido (João Amoêdo) e, no primeiro turno, declarou apoio a Bolsonaro. Acompanhei durante esses anos, e há forte alinhamento. Não sei como está a situação (agora). Tenho muito respeito pelo governador — e bom relacionamento pessoal. Mas temos, muitas vezes, opiniões políticas discordantes, o que é próprio da democracia. Vejo, nos últimos anos, alinhamento entre os governos estadual e federal.
A ideia de emplacar Pacheco é tentativa do PSD de, nas palavras de Kassab, oferecer alternativa à polarização. Paralelamente, baseados em estratégia similar, outros partidos podem lançar candidatos, como Eduardo Leite e Luiz Henrique Mandetta. Não há risco de pulverização dos votos?
O risco existe. Por isso, defendo de maneira veemente que os partidos tenham, no ano que vem, o sentimento de perceber que a situação pode ser grave e que dependemos de altruísmo e desprendimento para termos redução no número de partidos (com candidatura própria). Neste momento, todas as peças estão à mesa. Vamos ver qual vai sobreviver. São possíveis acordos, identificação de perfil e pesquisas qualitativas. Os partidos percebem que, para 2022, diante do quadro de exaltação que temos, pode ser necessário algum sacrifício de interesses imediatos, legítimos — partidários e políticos —, que sejam postergados por quatro anos. Não há nenhum problema. Com o compromisso de não reeleição, se for o caso.
Além das possíveis candidaturas de partidos como PSDB, DEM e PSD, Ciro Gomes, do PDT, mesmo estando na centro-esquerda, tenta ser uma terceira via. As legendas de centro podem abdicar de palanque próprio para compor com ele?
O grande dono de um instituto de pesquisa me disse recentemente que essa é uma tese palatável. Mas Ciro Gomes, com quem tenho um relacionamento pessoal muito bom, e nele reconheço atributos intelectuais raros no mundo político, tem uma resistência de alguns segmentos, até por algumas posições econômicas que tem. Ele teria, talvez, um pouco mais de dificuldade de avançar. Mas, se porventura, for identificado como um candidato viável por essas forças partidárias — e ele é um dos poucos nomes colocados — é uma hipótese que não pode ser desconsiderada.
O país vive crise sanitária sem precedentes, a fome cresce de forma alarmante, o desemprego tem aumentado e número de pessoas sem teto vem a reboque. Mesmo ante esse quadro, o voto impresso é pauta prioritária para a base de Bolsonaro no Legislativo. Debater essa questão em meio às dificuldades enfrentadas pelos brasileiros não soa como priorização injusta?
Não podemos censurar discussões políticas que fazem parte do dia a dia do Parlamento. O Parlamento tem todo o direito de discutir, e matéria eleitoral é competência nossa. O Congresso brasileiro foi o primeiro do mundo a criar sistema remoto, e o Senado foi o primeiro do mundo a funcionar assim. Não parou um dia sequer. Votamos diversos projetos de natureza social, inclusive o auxílio emergencial, que não é oriundo do Executivo, mas do deputado Eduardo Barbosa (PSDB-MG), o auxílio aos estados, que decorreu de projeto de minha autoria, auxílio a pequenas empresas e medidas provisórias do governo de auxílio a setores específicos. Há ativismo positivo do Congresso em matéria social, até muito expressivo.
Houve omissão do governo federal ante a pandemia?
Observamos uma completa descoordenação das ações de governo em relação à pandemia. Infelizmente, os (mais de) 550 mil mortos, uma tragédia, decorre muito da absoluta falta de coordenação. Quem é responsável pela descoordenação? Vamos ter que identificar. Apresentei, no início da pandemia, projeto de lei regulamentando o trecho da Constituição que trata dessa coordenação. O projeto se transformou em auxílio financeiro a estados e municípios; só para MG, foram R$ 13 bilhões. Reapresentei o projeto, com natureza técnica, mas infelizmente ainda não foi votado. A CPI está apurando questões de natureza contratual. Não quero dar opinião pois não conheço.
O senhor acredita na aprovação das reformas tributária e administrativa ainda neste ano? Elas são a chave para a retomada econômica?
Ambas são muito necessárias. A reforma tributária deveria ter sido feita no início do mandato, quando o governo tem mais força, e dentro de um norte determinado pelo Executivo. Isso não aconteceu: o Executivo, a cada hora, sinalizava uma prioridade. Ora era a CPMF, ora o imposto de renda, ora as contribuições. Isso levou a uma instabilidade muito grande. Ninguém está acreditando em reforma tributária a despeito da importância. A reforma administrativa, apesar de também ser complexa, é mais fácil. Já há um certo norte. Não a proposta do governo, que tecnicamente é muito ruim, mas a que será apresentada pelo relator na Câmara, Arthur Maia (DEM-BA), que vai melhorar a reforma. É imprescindível para melhorarmos o serviço público no Brasil. Tenho esperança de que possa ser aprovada nas casas ainda neste ano. Quanto à tributária, acho mais difícil.
O senhor já tem ideias engatilhadas para eventual segundo mandato no Senado?
Temos três assuntos muito sensíveis aos mineiros: a duplicação da BR-381, o metrô de BH e o Anel Rodoviário. São três compromissos de responsabilidade do governo federal. Temos de cobrar enfaticamente. Conseguimos, no Senado, introduzir o Leste de Minas na Sudene. O presidente, inexplicavelmente, vetou. Muito ruim para o estado, que não tem, hoje, um ministro de Estado. Temos uma posição que não é boa no plano federal, e precisamos reverter. A eleição de Rodrigo Pacheco, depois de 50 anos sem um mineiro na presidência do Senado, foi uma demonstração de força. Para futuros oito anos, caso me candidate e seja reeleito, é o esforço para que o governo federal confirme esses compromissos. Algumas das ‘caveiras’ foram enterradas: fui o relator do acordo da Lei Kandir, uma “novela”. Não foi um acordo bom, mas foi algo que, pelo menos, fizeram. Existem pendências importantes, como o marco ferroviário, que para MG é muito relevante.