O senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) repercutiu o desfile dos militares ocorrido na manhã desta terça (10/8), na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Segundo o filho do presidente, o evento não foi uma ameaça à democracia, mas um "gesto de patriotismo".
"A narrativa que é criada parece que há uma espécie de ameaça velada. Não tem ameaça nenhuma. As Forças Armadas sempre estiveram e sempre estarão ao lado da Constituição", afirmou em sessão plenária no Senado Federal, que discutia o PL 2.108/2021 (Lei de Segurança Nacional).
Ele também creditou a repercussão negativa ao temor que os partidos de esquerda têm de governos autoritários, como o venezuelano e o cubano.
"Eu entendo o pavor que alguns, especialmente da esquerda, têm quando veem militares fardados num gesto de patriotismo, num gesto de cidadania. Eles enxergam logo aqueles ídolos deles. Como, por exemplo, lá em Cuba, na Venezuela, na Coreia do Sul (o senador queria se referir, na verdade, à Coreia do Norte)".
"Só que eu tenho um recado para dar a todos eles: Bolsonaro não é Hugo Chávez, Bolsonaro não é Kim Jon-un, Bolsonaro não é Fidel Castro. Bolsonaro é um presidente democrata, que respeita as instituições", completou.
Flávio ainda afirmou que a população deve aplaudir os militares nas ruas diante do trabalho deles durante a pandemia.
Porém, vale lembrar que o Ministério da Saúde esteve sob gestão do general Eduardo Pazuello durante quase 10 meses.
Foi justamente na gestão de Pazuello que o Brasil enfrentou seus piores momentos da pandemia, com a falta de oxigênio no Amazonas, colapso do sistema de saúde de dezenas de cidades e lentidão da vacinação contra a COVID-19.
"Então, quando virem militares nas ruas, aplaudam. Agradeçam o que eles estão fazendo, inclusive durante essa pandemia. Muitos índios lá na Amazônia só estão sendo vacinados por causa do trabalho das Forças Armadas. O oxigênio só chegou em Manaus, depois daquela situação trágica em janeiro, por causa das Forças Armadas", falou o senador.