A deputada Bia Kicis (PSD-DF) classificou a rejeição da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Voto Impresso pela Câmara como "lástima" e agradeceu "ao povo brasileiro que ficou firme nessa luta". Foi ela quem apresentou o texto na Casa.
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Com ampla derrota para o bolsonarismo, PEC do voto impresso é arquivada na CâmaraDispensa de intervalo para analisar PEC do Voto Impresso é aprovadaComo derrota do voto impresso poderia enfraquecer governo, mas fortalecer BolsonaroMineiros pró voto impresso tiveram 2 milhões de votos nas urnas eletrônicasComo derrota do voto impresso pode enfraquecer governo, mas fortalecer BolsonaroLira sobre derrota do voto impresso: 'Não há vencidos nem vencedores'PEC do Voto Impresso: veja como cada deputado mineiro votou na CâmaraO texto, analisado pelos parlamentares, recebeu 218 votos contrários. Outros 229 se manifestaram favoravelmente. A PEC, no entanto, precisava de 308 votos para ser aprovado e, em seguida, encaminhado ao Senado Federal. Ao todo, se registrou 448 votos.
A contagem de votos via cédulas físicas é uma pauta defendida pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A ideia era que o eleitor pudesse consultar, em papel, os votos dados na urna eletrônica.
As escolhas ficariam registradas em um documento que poderia ser conferido visualmente pelo cidadão ainda no ato da votação.
A baixa probabilidade de sucesso da pauta bolsonarista já havia sido ressaltada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Com isso, o texto será arquivado.
Comissão já havia rejeitado auditoria em papel
Na semana passada, a Comissão Especial constituída para analisar a PEC do voto impresso já havia rechaçado parecer do deputado Filipe Barros (PSL-PR), que recomendou aos colegas a aprovação do texto. O comitê aprovou, um dia depois, o relatório de Raul Henry (MDB-PE), que opinou pela rejeição da auditoria em papel.Mesmo com a derrota do texto, Lira resolveu submeter o tema ao conjunto de deputados. Ele se amparou no fato de a Comissão Especial não ser terminativa - e, sim, consultiva. Portanto, a tramitação pôde continuar.
Ao anunciar que a matéria iria compor a pauta do plenário nesta semana, Lira afirmou que a decisão foi tomada "pela tranquilidade das próximas eleições".