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Estado de Minas APÓS ARQUIVAMENTO

Lira sobre derrota do voto impresso: 'Não há vencidos nem vencedores'

Presidente da Câmara dos Deputados afirmou que crê em respeito ao resultado da casa por parte de Bolsonaro


10/08/2021 23:14 - atualizado 10/08/2021 23:24

Lira se mostrou aberto para discutir o sistema eleitoral brasileiros com os poderes Executivo e Judiciário(foto: Najara Araujo/Câmara dos Deputados)
Lira se mostrou aberto para discutir o sistema eleitoral brasileiros com os poderes Executivo e Judiciário (foto: Najara Araujo/Câmara dos Deputados)
Após a sessão em que a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que visava instituir o voto impresso no Brasil a partir das eleições de 2022 ser rejeitada, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse após o resultado que "não há vencidos e nem vencedores". Lira também afirmou que crê que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) respeitará o resultado da casa.

Lira pediu "bom senso" aos poderes Executivo e Judiciário em relação ao tema "eleições" daqui para frente e pregou diálogo para promover ideias que possam garantir maior transparência ao eleitor brasileiro. Sem detalhar exemplos, o deputado disse que pretende se reunir com o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) para falar sobre o assunto.

"Queria reafirmar que esse tema não precisa de vencidos ou vencedores. Todos os deputados que votaram hoje aqui foram eleitos pela urna eletrônica. É importante que haja o bom senso de agora em diante por parte do poder Executivo e do poder Judiciário, para que possamos sentar e escolher uma maneira racional e clara de aumentarmos a transparência na auditagem", disse Lira.

O presidente da Câmara dos Deputados também falou sobre Jair Bolsonaro, que vem promovendo ataques ao atual sistema eleitoral brasileiro. Lira acredita que Bolsonaro respeitará o resultado da Câmara e pediu " mais parcimônia e menos polarização" ao falar sobre métodos de eleições.

"Nossa obrigação é sentarmos à mesa, sem vencidos ou vencedores, cumprindo cada um seu papel constitucional, e que esse assunto possa ser tratado com mais parcimônia e com menos polarização. É o que eu espero daqui para frente", concluiu.

O texto, analisado pelos parlamentares, recebeu 218 votos contrários. Outros 229 se manifestaram favoravelmente. O texto, no entanto, teria que ter 308 votos para ser aprovado e, em seguida, ser encaminhado ao Senado Federal. Ao todo, 448 votos foram registrados.


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