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Estado de Minas CPI DA COVID

CPI da COVID exibe vídeo de Bolsonaro dizendo que ivermectina 'mata bichas'

O comentário homofóbico foi feito pelo presidente quando defendia o tratamento precoce contra a COVID-19, em entrevista


11/08/2021 15:05 - atualizado 11/08/2021 15:23

Bolsonaro faz comentário homofóbico ao defender medicamentos sem comprovação contra a COVID-19(foto: Sergio Lima / AFP)
Bolsonaro faz comentário homofóbico ao defender medicamentos sem comprovação contra a COVID-19 (foto: Sergio Lima / AFP)
A CPI da COVID exibiu, nesta quarta-feira (11/8), um vídeo em que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) usa um termo homofóbico ao defender o tratamento precoce contra a COVID-19. 

 

 


Durante uma entrevista para a Rádio Jovem Pan de Itapetininga, cidade do interior de São Paulo, em 21 de julho, ao falar sobre o uso de remédios sem comprovação científica para o tratamento da doença, como a cloroquina e a ivermectina, Bolsonaro ri e diz que “a ivermectina mata bichas”. 

O presidente afirma que ele e outros funcionários da Presidência tomaram cloroquina e "ninguém foi a óbito". Em seguida, o entrevistador diz que eles e outros funcionários que trabalham na rádio tomaram ivermectina e “ninguém pegou COVID”. 

Bolsonaro responde: “Cuidado que a ivermectina mata bichas, hein? Toma cuidado, hein?”.

A frase tem duplo sentido, já que além de termo pejorativo para se referir a homossexuais, em alguns locais do país o termo "bicha" é usado como sinônimo de parasitas gastrointestinais.
 
 

Em fevereiro deste ano, a farmacêutica norte-americana MSD (Merck Sharp and Dohme), que produz a ivermectina, mas não comercializa o produto no Brasil, afirmou que o medicamento não é eficaz para o tratamento da COVID-19.  

Nesta quarta-feira, o diretor-executivo da farmacêutica Vitamedic, Jailton Batista, presta depoimento à CPI da COVID. A farmacêutica foi alvo de um requerimento de informações aprovado em junho pela comissão. 

De acordo com relatórios enviados à CPI, apenas as vendas da ivermectina saltaram de 24,6 milhões de comprimidos em 2019 para 297,5 milhões em 2020, crescimento superior a 1.105%. O preço médio da caixa com 500 comprimidos subiu de R$ 73,87 para R$ 240,90, uma elevação de 226%.
 
*Estagiária sob supervisão do subeditor João Renato Faria


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