Jornal Estado de Minas

CPI DA COVID

Maria Beltrão para Ricardo Barros: 'Agressão à nossa inteligência'

Durante entrevista do deputado Ricardo Barros (PP-PR) à GloboNews, a jornalista Maria Beltrão, apresentadora da emissora, disse ao líder do governo na Câmara que ele estava agredindo a inteligência de seus entrevistadores no programa.





A declaração foi dada depois de Barros afirmar que a CPI atrapalhou a negociação de vacinas para o Brasil. Segundo ele, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) trabalhou para a aquisição dos imunizantes contra a COVID-19.

“Se me permite, deputado, essa questão de dizer que havia um problema legislativo, que Bolsonaro realmente tinha a intenção de comprar vacinas... O presidente, se tivesse vontade, poderia comprar vacinas em julho. Teria conversado com o Congresso, feito uma medida provisória… Enfim, essa história, com toda sinceridade, isso aí é uma agressão à nossa inteligência”, afirmou a jornalista.

“Eu respeito seu ponto de vista, mas não havia como comprar”, respondeu Barros.

“Por falta de iniciativa”, rebateu Beltrão.
 
 
 
Mais cedo na CPI da COVID, Barros acusou os senadores de atrasarem negociações de vacinas. "O mundo inteiro quer comprar vacinas, e eu espero que esta CPI traga bons resultados para o Brasil, produza um efeito positivo para o Brasil, porque o negativo já produziu muito, afastou muitas empresas interessadas em vender vacina ao Brasil, que não se interessam mais”, disse.




 
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A decisão pelo encerramento da sessão aconteceu após o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) apresentar uma questão de ordem em que sugeria que a sessão fosse encerrada, e Ricardo Barros prestasse novo depoimento, agora na condição de convocado.

 

O dia da CPI

O deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) na Câmara, depôs à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID, instalada pelo Senado.

Após relato do também parlamentar Luis Miranda (DEM-DF), Barros foi acusado de estar envolvido no suposto esquema de propina para a compra da Covaxin.

Ricardo Barros foi ministro da Saúde durante a gestão de Michel Temer (MDB). O nome dele teria sido mencionado por Bolsonaro, ao descobrir um esquema de corrupção dentro da pasta, segundo apontou Luis Miranda em depoimento à CPI no final de junho.



Aos senadores, Miranda disse que o presidente tinha a desconfiança da atuação do deputado em torno das pressões no Ministério da Saúde em favor da vacina da empresa indiana Bharat Biotech. 

O pedido para convocar Barros partiu de Alessandro Vieira (Cidadania-SE). Originalmente, a ideia era ouvi-lo antes do recesso parlamentar de julho. Os adiamentos do depoimento geraram a irritação do líder de Bolsonaro na Câmara, que chegou a acionar o Supremo Tribunal Federal (STF).

Ele teve os sigilos telefônico, bancário, fiscal e telemático quebrados na semana passada.

Além do envolvimento no esquema de corrupção os senadores buscam esclarecer a relação de Barros com Francisco Maximiano, proprietário da Precisa Medicamentos, que teria intermediado a venda de vacinas da Covaxin para o Ministério da Saúde.  
 

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