O político Ciro Gomes (PDT) afirmou, durante debate com os pré-candidatos da "terceira via” à Presidência, realizado nesta quinta-feira (12/8), que os “militares não podem desservir a pátria" a serviço do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
“Os militares não podem desservir a pátria transformando-se em uma manipulação de uma milícia a serviço do bolsonarismo. O compromisso com o Estado de direito democrático deve ser um traço comum que une todos os brasileiros que tenham seriedade”, disse.
De acordo com o pré-candidato, para garantir a melhoria dos serviços públicos brasileiros é preciso estabelecer prioridades. “E são elas: educação, saúde e segurança. Sem isso, o brasileiro não tem nada”, afirmou.
“Precisamos de um sistema único de segurança pública que comece com a base das polícias comunitárias atuando com papel de prevenção e inteligência”, pontuou.
Jair Bolsonaro vem usando a ala militar para se reafimar na cadeira da presidência. Mais cedo, Bolsonaro disse que as Forças Armadas são um "poder moderador" e que devem "apoio total às decisões do presidente para o bem da sua nação". A declaração ocorreu durante cerimônia de cumprimento aos oficiais-generais promovidos, ocorrida no Palácio do Planalto.
Bolsonaro disse também que encontra nas Forças Armadas o "conforto para governar nos momentos difíceis".
O debate
O debate é feito pelo "Estadão" e reúne o ex-governador do Ceará e ex-ministro Ciro Gomes (PDT), o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), e o ex-ministro da Saúde e ex-deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM). O bate-papo será dividido em quatro blocos.
Os participantes vão responder a questões de jornalistas do "Estadão", além de fazer perguntas entre si. A mediação é do cientista político Luiz Felipe d’Avila, presidente do CLP. O foco das discussões está na melhoria dos serviços públicos prestados pelos governos.