Durante debate dos pré-candidatos à Presidência, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), criticou os ataques do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) às urnas eletrônicas e ao sistema eleitoral.
De acordo com o governador, "não é com ditadura da maioria que se forma eleição".
“Democracia é oportunidade de eleição e oportunidade de contestação. Todas aquelas esferas onde pode ser contestado um governo, a imprensa, judiciário, parlamento, governadores… estão constantemente sob ataque do presidente Jair Bolsonaro e diante da expectativa da contestação no processo eleitoral pela própria população, o presidente ataca as urnas. Precisamos resistir, como o Congresso”, afirmou.
Ainda segundo Leite, o Brasil precisa parar de “distração” e focar na economia. “Sustentar taxas de crescimento no longo prazo para aumentar a produtividade, com um ambiente de negócios mais sadio e investimento consistente no capital humano via educação”, disse.
"Hoje temos um país polarizado entre duas candidaturas, uma querendo destruir a outra, mas essa luta do nós contra eles é de antes de 2018 e começou numa fragilização institucional produzida pela relação distorcida entre Executivo e Legislativo", disse.
Nos últimos meses, o presidente vem falando a apoiadores que ganhou as eleições em primeiro turno. Segundo ele, o pleito de 2018 foi fraudado para que Fernando Haddad (PT) tivesse a oportunidade de enfrentá-lo em segundo turno.
Em 2018, Bolsonaro foi eleito o 38º presidente do Brasil com 57.797.847 votos (55,13% dos votos válidos).
O debate
O debate é feito pelo "Estadão" e reúne o ex-governador do Ceará e ex-ministro Ciro Gomes (PDT), o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), e o ex-ministro da Saúde e ex-deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM). O bate-papo será dividido em quatro blocos.
Os participantes vão responder a questões de jornalistas do "Estadão", além de fazer perguntas entre si. A mediação é do cientista político Luiz Felipe d’Avila, presidente do CLP. O foco das discussões está na melhoria dos serviços públicos prestados pelos governos.