O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) rebateu a intenção manifestada por membros da cúpula da CPI da Covid no Senado para indiciá-lo por "charlatanismo" e "curandeirismo" no combate à covid-19, em especial, pela promoção de tratamentos sem eficácia comprovada. Nesta quinta-feira (12), durante transmissão semanal ao vivo, o presidente voltou a lançar dúvidas sobre a eficácia de vacinas e promover tratamentos que não têm comprovação contra o novo coronavírus.
"Se você já tomou as duas doses, estiver sentindo sintomas e, porventura, tiver sido reinfectado, procure um médico. Veja o que ele vai te receitar", afirmou o presidente. "Procure fazer um tratamento complementar, mesmo vacinado. (...) Muitas pessoas têm perdido a vida por covid mesmo após a segunda dose. Procure um médico", emendou.
Bolsonaro também afirmou aos que assistiam a transmissão para que "não entrem nessa" de pensar que ele é curandeiro ou charlatão, conforme intenção dos senadores da CPI. Nesta quarta, 11, os parlamentares do colegiado discutiram a questão e decidiram que a acusação deve fazer parte do relatório final da CPI, a ser apresentado pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL).
Segundo os senadores, Bolsonaro foi o principal propagador do uso de medicamentos como a ivermectina e a hidroxicloroquina durante a pandemia, disseminando informações falsas para a população e podendo ter levado pessoas à morte.
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