O ex-deputado Roberto Jefferson foi preso na manhã de sexta (13/8) após o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes acolher pedido feito pela Polícia Federal no âmbito do inquérito que ficou conhecido como das "milícias digitais".
Na decisão em que autoriza a prisão preventiva, Moraes afirma que uma série de elementos colocariam Jefferson como parte do núcleo político de uma organização criminosa que tem como objetivo "desestabilizar as instituições republicanas" e que vem sendo investigada pela PF.
Leia Mais
Roberto Jefferson chamou Moraes de 'cachorrão do STF' antes de ser presoVídeo: Roberto Jefferson faz ameaças e chama embaixador chinês de 'macaco'Vídeo: Roberto Jefferson diz que Estado é 'comunista' e 'satanista'Eduardo critica Moraes: 'Não para de abrir inquéritos contra o presidente'Polícia: Joice Hasselmann 'caiu da própria altura' e não foi agredidaNesse sentido, a petição da PF elenca uma série de entrevistas e postagens de Jefferson que "incitaram a prática de crimes" e "ofenderam a dignidade e o decoro de ministros do STF, senadores e integrantes de CPI da Covid-19".
Em uma das entrevistas transcritas, o ex-deputado — que é presidente do PTB e aliado do presidente Jair Bolsonaro — afirma que é preciso "concentrar as pressões populares contra o Senado e, se preciso, invadir o Senado e colocar para fora a CPI a pescoção". Em outra, diz que o Brasil necessita "fazer uma limpeza, começando pelo Supremo, ninho de bruxas e urubus".
À Jovem Pan no fim de julho, Jefferson declarou que "o povo do Lula" era "LGBT, drogado, traficante, assaltante de banco". Questionado por um dos jornalistas, ele disse que equiparava a orientação sexual à prática de crimes porque todos representavam a "demolição moral da família".
Entre as postagens destacadas do perfil, há uma em que Jefferson refere-se ao embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, como "macaco chinês".
Além da prisão cautelar, Moraes determinou o bloqueio da conta do ex-deputado no Twitter e autorizou a busca e apreensão de armas e munições em endereços pessoais e profissionais do ex-deputado. A polícia também terá acesso a computadores, tablets, celulares e mídias de armazenamento.
Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube? Inscreva-se no nosso canal!